E toma!

Que é para não me queixar das segundas-feira!

Encaixo agora mais esta, pois nem para mim sou boa.

Não bastava ser segunda-feira, posterior a um fim-de-semana brilhante, e ainda vou ao dentista.

E pior, faço uma destartarização (Au!) sem anestesia (Au! Au!).


Nota 1 : Não voltar a marcar Dentista para segunda-feira;
Nota 2 : Não me armar em heroína e requisitar anestesia.

Sabor a descanso.

Foi o sabor do meu fim-de-semana.

Hoje, quase me sinto em sofrimento. Não é justo que dias tão bons sejam intercalados com 5 dias de dureza.

Vá, vamos lá começar a trabalhar para que o 6º dia chegue depressa! Vamos, vamos, está quase.

Óh fim-de-semana do meu coração, repete-te!

Mas nem só de emoções boas vive mais uma mulher comum.

Pois não.

1. "O Maía não qué ir para o Colégio.  O Maía qué ir pó tabalho da Mamã!! O Maía qué colo da Mamã!!"
(Isto quando me despeço dele, não para voltar ao final do dia, mas para ir para o Porto) = sensação de murro sêco no peito;

2. A 10 minutos de chegar à estação "Porto - Campanhã", vomito no combóio. Isso mesmo. Nojento e humilhante. Já sou uma péssima viajante em estado single, mas em estado composto, leia-se grávida, torno-me no pesadelo dos Comandantes, Motoristas, etc;

3. Chego ao Hotel (depois de fazer reuniões de avaliação, o que é algo sempre agradável e fácil... e andar 1 km a pé com uma barriga de 6 Kg mais um trolley com outros 10 Kg), e dizem-me que não receberam a reserva e que o Hotel está lotado com uma Conferência xpto. Depois de telefonemas às secretárias e uma clara sensibilização do pessoal da recepção com o meu estado, lá me cederam um quarto da pool das reservas de emergência.


Mas vá, a princesa é gira que se farta (já escrevi isto em baixo, não ?...), e o príncipe está a dormir descansado e amanhã já o lambuzo de beijos e abraços até se fartar e me mandar de volta para o trabalho. E vá também, estou no meu Hotel urbano de eleição.
Ah, e hoje não fiz jantar.

Uma morfológica emoção.

Mais uma etapa. Ecografia morfológica feita. E mais uma Mãe, temporariamente mais descansada, no meio de tantos ziliões de mães ansiosas.

A pequenita parece estar óptima. Pesa 405 gramas e, ora descaradamente mete o pé na boca, ora elegantemente cruza as pernas bailarinas. Serpenteia-se cá dentro e reage aos vários estímulos.
Vi os pés, as mãos, os dedos, os lábios, o nariz, o estômago, o pipi, a bexiga e vi muita personalidade.

E é gira, gira, gira que se farta, esta minha princesa!

21 Semanas

E o tempo passa. E passa tão depressa.

Nós, por cá, crescemos. E estamos cada vez mais próximas. Sinto que durante o dia me observas, me sentes, me acompanhas na minha vida cheia. E, à noite, sinto-te. E oiço o teu coração bater. E usufruo desta cumplicidade. Tu cresces através de mim. Alimentas-te de mim. Vives em mim. E eu fico feliz, e sou mais Mãe.

Ver-te-ei na próxima 5ª feira.

A Ecografia morfológica deixa-me ansiosa. Espero que estejas bem, Filha, eu faço tudo por isso.

Verde Vida.

Sempre fui menina de cidade.  Nasci e fui criada em Lisboa. As minhas memórias de infância contêm o sabor das torradas da antiga Pastelaria Roma, a frescura dos gelados no cinema Londres, as cores das montras da Guerra Junqueiro e o ainda muito verde dos jardins da Alameda.

Cresci e passei para os arredores, próximos, de Lisboa. Sempre com o centro por perto, o movimento, as luzes e o frenesim. Nunca pensei que algum dia seria capaz de abdicar deste urbanismo.

Hoje, estou no campo. Perto de Lisboa (40 min), é um facto, mas no campo. Não tenho centros comerciais num diâmetro considerado confortável, nem Caixas Multibanco por cada 100 metros. E a verdade é que estou a adorar. Respiro melhor. Durmo melhor. Conheço uma realidade de vida tão diferente daquela que sempre foi a minha, mas igualmente boa. Mais calma, mais verde, mais saudável. É notório que sou uma leiga na matéria rural. Abstenho-me de fazer muitos comentários para não chocar as gentes da terra. Mas observo-os, e aprendo. E, um dia, vou saber também.

Não abdico do meu urbanismo durante o dia, mas gosto cada vez mais do verde que acompanha os meus fins de dias e de semana. Um Verde vida.

Dias de Pontapé.

Há dias em que só me apetece dar um pontapé no rabo do Mundo. Hoje é um desses dias.
Por momentos, horas ou dias, queria arrumar as minhas responsabilidades sociais, profissionais e morais e dar-lhe com força.
Porque não sou de plasticina e, por mais que tente, nem sempre chego a todas as pontas.
Ser adulto, às vezes, é tão chato e desgastante.
Os dias de pó-de-talco passam para a vida de obrigações num piscar-de-olhos. Vou ter que ensinar isto muito bem aos meus filhos e, tentar ao máximo, preservar-lhes a inocência e beleza dos dias de pó-de-talco e fazê-los perdurar.

Agora vou parar, por uns minutos, e ponderar se meto as chuteiras ou o vestido elegante.

20 Semanas

E fechámos as 20 semanas.

Estou a entrar na fase em que a minha barriga chega ao campo de visão dos outros, antes de eu mesma.

Resoluções a partir das 21 Semanas (já!) :

1. Dizer definitivamente adeus aos saltos altos. A partir de agora somente Sabrinas (giras, confortáveis, anti-varizes e anti-quedas típicas de grávidas desequilibradas);
2. Hidroginástica 1xSemana;
3. Caminhada com iPod (45 min) "lá pela terra" 1xSemana;
4. Pressoterapia (30 min) 1xSemana;
5. Ingestão de líquidos (1L de Água - mais não dá pois não me dá muito jeito fazer reuniões e apresentações no WC...);
6. Reduzir o nível de stress com o trabalho;
7. Afastar-me de todo o tipo de conversa sobre Partos traumáticos, deficiências e tragédias que insistem em praguejar a toda a Grávida deste mundo.

Vamos a isto!

Doutor, estou a pensar em si.

(Tomem um Kompensan antes de iniciarem a leitura).

A passada 6ª feira foi dia de análises com direito a teste da Glicémia. Andei dois meses em sofrimento e banir tudo o que é bom da minha vista e, sobretudo, da minha boca. Infringi, mas pouco. Quase nada tendo em consideração a máquina de digestão de açúcar que tenho dentro de mim (e não, não me refiro à Maria Teresa, mas a algum motor movido a glúcidos que oculto no estômago).

Feitas as análises, sou tomada por uma força imbatível que se apodera de mim. O estômago subiu-me à cabeça na 6ª feira, à saída das análises, e ainda não me devolveu o cérebro. Posto isto :

6ª (depois da colheita)

Sábado

Domingo

Hoje

Doutor,

Por conseguinte, espero que tenha em consideração o meu acto de honestidade pública e que este sirva de atenuante, aquando do manifesto do veredicto final na próxima 6ª feira.

Prometo esforçar-me por retomar a disciplina cruel dos últimos 2 meses. Não digo que seja hoje, depois da nossa conversa na próxima 6ª feira. Talvez.

Conversas miúdas #4

No quarto, em cima da minha cama, a brincar.

Eu : "Vou comer o teu pé, vou comer o teu pé!"
MM : "Nãaaaaaaooooo Mamã! Há (c)umida na coginha Mamã!"

Pois... Com dois anos de experiência na actividade maternal, já deveria ter aprendido algumas lições, uma das quais não fazer figuras patéticas que habitualmente os adultos fazem menosprezando a capacidade de racciocínio das Crianças...

Realmente... só os adultos se lembram de comer pés tendo comida na cozinha.
Aprende!

Mãe de Feltro

Esta miúda, quando tem tempo (por exemplo durante as sestas do filho com gastroenterite!), até faz umas coisas giras!

http://maedefeltro.blogspot.com/




Caras amigas,
esta é uma diversão que, muitas vezes, partilho com o MM. Pergunto-lhe que "bonecos" quer nas camisolas e dá-se asas à imaginação. Entretanto algumas amigas têm pedido para os filhos e, por isso, optei por organizar as ideias todas num Blog que agora partilho convosco.
Gostaria de ter mais tempo para fazer mais mas, nem sempre é possível pois outros afazeres se impõem!

Espero que gostem.
Bom fim-de-semana!
Inês

Aos meus colegas de desporto.

Caros colegas da turma sénior de hidroginástica,

Temendo que me tomassem por cobarde, fraquinha e outras demais pré-considerações que possam ter feito por ocasião da minha ausência, venho formalmente informar que não baixei armas, não. Motivos de força maior impedem-me de vos acompanhar da rambóia das aulas de hidroginástica. Uma falta esta semana e, caso uma reunião não seja desmarcada atempadamente, outra falta na próxima semana.

É certo que duas semanas de interregno me deslocarão ainda mais do vosso nível de fanfarronice e dinamismo na piscina de aprendizagem. Estou certa da minha desvantagem mas conto, daqui a duas semanas, brindar-vos com a minha performance.

Colegas séniores da aula de Hidroginástica - 2
Grávida armada em atleta - 0
É um resultado justo.

Com consideração reforçada pelos prezados Colegas , me despeço.
Inês.

Paranóias discreta #2

O Pai acabou de chegar a casa.

Pai : "Está tudo bem?"
Eu : "Sim, tudo ok, (...) O MM é que está a dormir uma sesta de quase 5 horas...".
Pai : "Nem me vou preocupar pois certamente já lá foste várias vezes ver se ele estaria a respirar."

(...)
Previsiveis, as Mães, não ?

Paranóias discretas.

Continuamos em casa a curar a gastroenterite do Miguel Maria (e, com esforço e glória, quase a derrubá-la!). Neste momento ele está a dormir a sesta. Há precisamente QUATRO HORAS E MEIA... Hum...

Pensamentos :
1 - "Deve ser da fraqueza acumulada dos últimos dias. Vou deixá-lo sossegado. Não vou lá, é claro que está bem."
2 - "Mas ele dormiu imenso esta noite... Tudo bem que é criança bem dormida mas, 4h30 ?... Não vou lá, é claro que está bem. Hum..."
3 - "Deixa-me baixar o som da Televisão. (...) Não se ouve nada... Não vou lá, é claro que está bem. "

Actos :
1 - Levanto-me, entro silenciosamente no quarto, dobro-me (pois estava virado para a parede), reclino-me junto a ele... "Está a respirar, ufa!".

Lia, esta é para ti!
Como vês, as paranóias nunca mais nos largarão, passamos é a saber viver com elas ;-)

19 Semanas #2

Mas isto também..

Enquanto escrevia, o Miguel Maria levantou-me a camisola, fez-me uma festa na barriga e sorriu-me serenamente. E isto é algo novo que vem compensar tudo o resto. São momentos que cristalizo. A mão dele por fora, o movimento dela por dentro. Momentos perfeitos.

19 Semanas

O boletim semanal hoje avisou-me que entrámos no quinto mês e, por isso, estamos a meio caminho do fim desta viagem. A meio, já. Às vezes aborreço-me por ter que me ocupar com tanta coisa no dia-a-dia, pois sei que estes momentos de gravidez passam tão depressa e custa-me não gozar intensamente todos os minutos. O facto de ter uma vida diferente da que tinha aquando da gravidez do Miguel Maria faz-me, muits vezes, distraír. Sinto que estou a ter menos tempo para a barriga, que o tempo está a passar mais depressa. A própria imagem da ilustração do bébé, nesta fase, me fez pensar "Uau, já assim!".

Vou esforçar-me por proporcionar mais momentos nossos, eu e a barriga, nós as duas, sozinhas.

Gastropacientite

Os vómitos e o mal-estar voltaram a casa. Mas agora é o MM, ou seja, é muito pior. Ver o meu pequeno assim, amarelo, sossegado, carente, é uma angústia que me mastiga.
Infelizmente no meu cadastro de mãe constam várias ocorrências de gastroenterites, esse bicho-pica-miolos-de-mães-e-que-faz-um-mal-indecente-aos-filhos. Topo-as à distância. Já estamos intervir mas, ao contrário das muitas outras doenças infantis, esta trata-se com paciência, muita paciência. Hoje colheres de chá preto com açúcar, amanhã canja, depois caldo de cenoura, e depois mais um e depois outro. Assim, aos bocadinhos. E se o vómito marcar presença, há-que recomeçar o ciclo, pacientemente. E vê-los amarelos. E acreditar que vão ficar bons na próxima colher de chá. Com paciência.
Detesto gastroenterites!

Fogo Mãe!

"Fogo Mãe!"
"Fogo!"
"Opáaaa... Fogo!"

Começo a não achar gracinha nenhuma a este "Fogo Mãe!" como resposta a uma contrariedade (nem é Mamã como é habitual, nestas circunstâncias a conjugação das palavras implica sempre um Mãe).
E menos piada acho quando se trata de uma amostra de gente com 2 anos.

Vou contar até 10.
100, é melhor...

Hidroginástica

Hoje, na hora de almoço, começei a Hidroginástica. Se a agenda  liberar, o corpo quiser, e a motivação deixar, é meu objectivo banhar-me por aquelas águas, uma vez por semana.

Integrei uma aula sui generis. Facto muito condicionado pelo local e horário da aula.

Ia a medo, pois temia que me esperasse um ritmo violentissimo de exercícios aquáticos e, embora não doente, nem lesionada, estou grávida, logo com uma resistência algo beliscada. O Professor tranquilizou-me "Não se preocupe. Eu também não me posso entusiasmar muito pois eles, embora queiram, não são capazes de acompanhar o ritmo...". Ok, vamos a isso.

A piscina estava cheia de cor e movimento. Seriam berlindes a saltitar ? Não! Eram cabeças com touquinhas coloridas (tudo toucas estilo vintage) de muitos avós, num grande forrobodó! Quase me senti intimidada com tamanha animação. E foi disto durante 45 min. Foram saltos ao som de ABBA, flexões de braços ao ritmo de MIKA, bicicletas aquáticas com pedalada Black Eyed Peas, enfim, uma verdadeira matinée in acqua.

A meio da aula pensei "Tu és má Inês, tu substimaste os teus colegas", pois eles continuavam numa grande maluqueira e já eu pensava se não seria momento para os alongamentos... Aprende! Ah, e depois de tal festança, iam todos comer caracóis e dormir a sesta, que isto de se ser reformado é para aproveitar à grande. E eu ? Eu tinha que me vestir depressa para ir trabalhar! Aprende!

Mas vá, o meu fato de banho é mais giro do que o delas! Vá lá...

Para a semana, amigos,  lá nos encontraremos.
Vou tentar fazer uns circuitos de ginástica antes, para vos acompanhar o ritmo. Viva essa saúde!

Dia da Mãe

O meu dia ontem começou assim.
De Rosa Amarela em punho. "Mamã, Mamã, toma, pa ti!. Gótas?".
Muito querido, gostei muito.

Mas o que gostei ainda mais foi, ao deitar, depois do beijo e do abraço, ouvir-te dizer "Góto tanto ti, Mamã". E eu Amor, gosto tanto de ti.
Um tanto que as palavras não sabem escrever nem dizer.

A melhor prenda do meu dia da Mãe, dos meus dias, és tu.
E agora, a Mana na barriga.
Vocês.