sexta-feira, 2 de julho de 2010

O tempo dos filhos.

                                              

É o melhor que podemos dar aos nossos filhos, o nosso tempo, a nossa atenção.
Mais do que brinquedos, mais do que jogos, mais do que marcas, as crianças rendem-se ao tempo que lhes damos. E não precisa ser muito, não precisa ser caro, precisa somente ser cúmplice, exclusivo e autêntico.
Esta tem sido a grande aprendizagem destas minhas últimas semanas. Já o havia ouvido dizer, já o havia lido, já o havia inclusivamente percebido, mas nunca o constatei de forma tão eficaz e generosa como nestes dias.

O MM tem sido uma criança adorável. Reguila, activo e muito terno. Porém, talvez devido às mudanças a que foi sujeito no inicio do ano (casa, escola, cidade), talvez devido à rebeldia própria dos 2 anos, andava muito irritado, muito arisco e teimoso. E agora não. Retornou à traquinice doce. Voltou a ser o chato, mas obediente. O refilão, mas educado.

O que mudou ? O meu tempo para ele. Somente isso. Ou melhor, tudo isso. Devido à minha actual situação de contingência, dou-lhe um bocadinho mais mas, sobretudo, dou-lhe melhor. E ele, ele retribui-me em dobro.
Eu dou-te o meu tempo, filho, e tu dás-me tudo.
Nada supera a maternidade.

Bom fim-de-semana!