sábado, 23 de abril de 2011
Sete meses.
Olho o teu sono e estremeço.
A perfeição que transmites rejubila-me e inquieta-me.
A minha felicidade poderia resumir-se a esse só momento.
Assim como todos os medos da minha vida.
O meu egoísmo quer acordar-te com beijos, abraços e aconchegos.
Mas aplaco o impulso com a serenidade com que me invade a tua imagem.
Olho o teu sono e enriqueço.
Todos os dias.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Fatalista?
Fui buscar o MM ao Colégio e dizem-me que ainda não regressaram da visita de estudo (o que já seria suposto a esta hora) e para, por favor, voltar mais tarde.
Eu penso:
1) Tiveram um acidente, levaram as crianças para o hospital e só avisam os pais depois dos diagnósticos;
2) As crianças já chegaram, mas como perderam o meu menino e ainda andam à procura dele, não tiveram coragem para mo dizer;
3) Foram todos sequestrados.
E agora vou continuar aqui sentadinha, à espera, e a traçar cenários hitchcockianos.
Eu penso:
1) Tiveram um acidente, levaram as crianças para o hospital e só avisam os pais depois dos diagnósticos;
2) As crianças já chegaram, mas como perderam o meu menino e ainda andam à procura dele, não tiveram coragem para mo dizer;
3) Foram todos sequestrados.
E agora vou continuar aqui sentadinha, à espera, e a traçar cenários hitchcockianos.
quarta-feira, 20 de abril de 2011
Sobre a mudança.
Temos mudado muito nos últimos dias, e agora posso dizer que estou em mudança em plena hora de ponta.
Sei que me esperam períodos difíceis.
Sei que serão cerca de seis meses de apneia.
Sei que vou ter que me habituar.
E sei que ainda não sei o que fazer depois.
Mas acredito também, que de todas as escolhas que fazemos, algum beneficio advém.
Se nos esmerarmos, se nos esforçarmos, se virmos mais além.
E é nisso que me irei focar, ver para além dos obstáculos e receber, de braços ansiosos, as alegrias de uma vida diferente.
Sei que me esperam períodos difíceis.
Sei que serão cerca de seis meses de apneia.
Sei que vou ter que me habituar.
E sei que ainda não sei o que fazer depois.
Mas acredito também, que de todas as escolhas que fazemos, algum beneficio advém.
Se nos esmerarmos, se nos esforçarmos, se virmos mais além.
E é nisso que me irei focar, ver para além dos obstáculos e receber, de braços ansiosos, as alegrias de uma vida diferente.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Saca-ranhos.
Alguma mãe acredita que estes aparelhos filtram mesmo a ranhoca dos pequenos?
Eu, quando era principiante, acreditava. Agora, depois de 7.453 narizinhos aspirados, deixei-me de purezas. Não acredito que seja sugestão a impressão que me fica na garganta depois de puxar...
Posso dizer com todo o despudor e convicta do travo que me fica na boca, que além de limpar cocós, acordar no meio de xi-xis, e levar com vomitados, também chupo ranho.
Definitivamente, ser Mãe não é tarefa para pessoas impressionáveis.
E eu, que era tão nogentinha...
Não há dúvida que os filhos nos evocam um upgrade às competências.
domingo, 17 de abril de 2011
Já aceitei.
Casar com quem "faz-de-conta-que-somos-casados-mas-sem-chatices-de-papeis" há 5 anos.
E aconteceu quando tinha que acontecer. Sem planos. Sem perdas de tempo. Sem complicações.
Tivemos muitos imprevistos. Tantos. Fica um bom jogo de cintura no registo e boas histórias para contar aos miúdos no futuro.
Se muda muita coisa?
Para nós, não creio. Para as crianças, acredito que sim. Para o Estado, seguramente.
Que sejamos o suporte, sempre que um do outro precise. E isso é algo para não mudar.
Aos amigos.
Se souberam agora ou se virão a saber depois, já conhecem esta família.
Mudanças, determinação e discrição são coordenadas da casa.
Um dia destes contamo-vos esta história e tilintamos uns flutes!
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Cenas insólitas de um Casamento #3
Supostamente hoje seriam as despedidas de unidos de facto.
Mas essa parte da festa acontece para aqueles que não têm filhos.
1. Ela está com febre, entupida e com uma tosse de cão (aí de um Serra da Estrela pois não faz a coisa por menos).
2. Ele está com Varicela. O meu querido filho parece um agregado de familias numerosas de borbulhas suportado por duas perninhas magricelas. Sete dias em casa.
E é este o cenário de uma véspera de casamento.
Por algum motivo, tradicionalmente, o casamento precede os filhos.
E eu acredito que seja por um destes dois.
Mas essa parte da festa acontece para aqueles que não têm filhos.
1. Ela está com febre, entupida e com uma tosse de cão (aí de um Serra da Estrela pois não faz a coisa por menos).
2. Ele está com Varicela. O meu querido filho parece um agregado de familias numerosas de borbulhas suportado por duas perninhas magricelas. Sete dias em casa.
E é este o cenário de uma véspera de casamento.
Por algum motivo, tradicionalmente, o casamento precede os filhos.
E eu acredito que seja por um destes dois.
sábado, 9 de abril de 2011
Cenas insólitas de um Casamento #2
As alianças ainda não chegaram.
O restaurante ainda não está marcado.
O dress code não está definido.
Tive uma ideia de manhã e ainda vou alterar o design do bolo.
E faltam 3 dias.
O meu primeiro casamento teve episódios hilariantes que, ainda hoje contados, ninguém acredita. Mas este concorre com afinco para o destronar no campo da imprevisibilidade e do improviso. A diferença é que o primeiro teve 6 meses de preparação e este, 6 dias.
Mas vá, tudo se resumirá a uma questão de eficácia.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Cenas insólitas de um casamento.
Marcar um casamento em 6 dias.
Avisar os convidades em 5 dias.
Arranjar as alianças em 3 dias.
Para quê complicar?
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Quando o massagista não é Gay.
É caso para se sentir alguma tensão nos músculos e impôr-se um silêncio constrangedor. Pois é. Mas só durante os breves minutos que antecedem o tratamento. A partir do momento em que, se acendem as velas aromáticas, se liga a música oriental, se espalha o óleo de essências e entramos em estado zen, aí, sem qualquer intenção de desprimor para com o executante, a verdade é que, para mim, fica tudo reduzido a um par de mãos, agraciadas pelos deuses, diga-se.
Acontece que acumulei algumas sessões de masssagens do período da gravidez (deixei de as fazer, por precaução, ao 8º mês de gestação) e agora, ao fim de 6 meses a trocar fraldas, sem dormir períodos de mais de 3 horas consecutivas, regresso ao ritmo esquizofrénico do meu meio profissional, achei mais do que justo, uma vez por semana, dar tréguas ao corpo e à cabeça.
E posso agora dizer, que o meu massagista, com pouco conhecimento pessoal entre nós, já me faz ter apreço por ele como se de um melhor amigo se tratasse considerando a escala do bem que me faz. Se é gay, deixa de ser (que efectivamente não é), é-me agora absolutamente indiferente. Tudo se resume a dois principios : profissionalismo deles e auto-confiança nossa. Tal como acontece com o ginecologista/obstetra.
Verdade seja escrita, as minhas relações (de todos os âmbitos) são bem mais sãs com homens, do que com mulheres.
Para finalizar, existe uma grande vantagem em não ter um massagista gay ou mulher :
Estes promovem o nosso melhor ao invés de competirem connosco.
terça-feira, 5 de abril de 2011
?
E daqui a 6 meses?
Não faço a mínima ideia como estará a minha Vida...
Posso encarar esta incógnita de duas perspectivas:
1) Ai... Que stress. E agora o que é que eu faço?
2) UAU! Que aventura. Crianças, get ready for this!
As decisões ganham quilos de responsabilidade quando se tem filhos.
E agora, ou vou ali tomar um Vomidrine (que, para quem raramente toma medicamentos, é coisa para me deixar alheada do mundo durante dois dias) e aguento-me entre bocejos e sorrisos dementes; ou, encaro a imprevisibilidade da minha vida a médio prazo, como algo absolutamente ligeiro e digerível e actuo como se nada fosse... Alguém escolha por mim, se faz favor, pois estou farta de decidir.
Não faço a mínima ideia como estará a minha Vida...
Posso encarar esta incógnita de duas perspectivas:
1) Ai... Que stress. E agora o que é que eu faço?
2) UAU! Que aventura. Crianças, get ready for this!
As decisões ganham quilos de responsabilidade quando se tem filhos.
E agora, ou vou ali tomar um Vomidrine (que, para quem raramente toma medicamentos, é coisa para me deixar alheada do mundo durante dois dias) e aguento-me entre bocejos e sorrisos dementes; ou, encaro a imprevisibilidade da minha vida a médio prazo, como algo absolutamente ligeiro e digerível e actuo como se nada fosse... Alguém escolha por mim, se faz favor, pois estou farta de decidir.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Às voltas.
Ando, há uma semana, submersa numa tomada de decisão. Aliás, há quase dois meses que a dita não me larga. Onde quer que vá, diga o que disser ou pense no que for. Tem sido um processo de decisão por demais penoso. Está quase a terminar. E ainda não está decidido.
Vejo as voltas que a vida pode dar.
Vejo a vida que estas voltas me podem dar.
Já devia estar decidia, nesta altura. Mas não,estou é tonta.
Mas, uma coisa é certa, a vertigem destas voltas já me deu novos despertares.
Seja a decisão uma, ou outra, uma das partes da minha vida, com tanto esmiúçar, esfarelar, esmigalhar tem-se restaurado.
De resto, sinto-me em pleno Cabo das Tormentas. Não está a ser fácil dobrá-lo.O livre-arbítrio pode ser esmagador.
Subscrever:
Mensagens (Atom)