E assim foi, por além do Tejo. Foi verde, foi frio, foi puro, foi tranquilo, foi diferente. Foi muito bom.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
De volta, aquém do Tejo.
No Alentejo, sê Alentejano. E nós assim fomos, durante três desafogados dias. Dormimos bem, cheios de mantas (que o frio nocturno de rachar a isso convida); Demos muitos passeios, mas daqueles passeios sujos com lama, com terra, com estrume, com xisto, com tantas coisas sem corantes nem conservantes; Ficámos congestionados num trânsito de cavalos, cabras, ovelhas, avestruzes, porcos e vacas; Comemos queijo com pão; Comemos bolo de mel. Cumprimentámos os Ti's da terra que por lá "vãn enve-lhe-cen-do de-va-ga-ri-nho co-mê se quer...". Perdemo-nos. 10Km num caminho de cabras, à noite, no escuro, sem rede no telemóvel e sem qualquer informação no GPS. E aqui, a minha ruralidade de fim-de-semana quase não sobreviveu... Confesso que já clamava pela A5 em hora de ponta! Mas lá chegámos ao destino. De-va-ga-ri-nho. Vimos uma barragem do tamanho do Mundo (Alqueva), a submersão de uma história e a reconstrução de uma nova (Aldeia da Luz). Estivemos nas Minas. Pisámos enxofre. Vimos caras estreladas pelas rugas. Vimos estrelas cadentes.