As minhas horas de jantar voltaram a ser forçosamente criativas.
Já recuperei algumas que tinha criado para o Miguel Maria, mas agora crio novas para a Teresinha.
No fim, misturo tudo e leio-as, entre colheres, a um e a outra.
Era uma vez,
Berta, a Abelha sempre alerta.
A Berta nasceu numa flor cheirosa,
Cresceu e ficou uma abelha vaidosa.
Um dia decidiu sair da flor,
Para mostrar ao mundo a sua cor.
Esta era uma abelha bonita,
Com uma boquinha vermelha,
E um vestido à maneira,
A Berta ficava toda catita.
Mas Berta, achava que era a mais esperta
Não podia haver abelha igual a ela,
Que Berta ia logo à descoberta,
E mostrar qu'ela era a donzela!
Num lindo dia andava a voar,
E num malmequer foi pousar.
Mas nessa altura veio um caçador
Que lhe pregou um susto mesmo assustador!
A Berta voou de flor em flor,
E acelerava cada vez mais aflita,
Não tinha gostado nada daquela visita
"Óh senhor caçador, faça-me um favor
Deixe-me ir embora,
Não me feche na gaiola!
Vá agora procurar
outra abelha para apanhar!"
E então o caçador respondeu :
"Berta, pára com esse sururu
Outra abelha não quero eu
Pois não há nenhuma tão bonita como tu."
A Berta aí ficou alerta
Afinal já não queria ser a favorita
Era melhor ser mais amiga e esperta
Do que bela e maldita.
Foi aí que o caçador se distraiu
E a nossa abelha aproveitou e fugiu.
Voou para a sua flor rapidamente
E no caminho até já ia diferente.
Quando lá chegou,
Deitou-se na sua pétala e chorou
Agora ia ser a mais amiga
E acabar com tanta intriga.
E assim terminou
A história da abelha vaidosa,
E foi então que começou
A história da Bert'Amorosa!