segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Por se falar em Amor.
A minha filha enamorou-se.
Anda encantada, deslumbrada, mesmo apaixonada.
Enamorou-se de um Ranger do Espaço.
Os seus olhos faíscam, quando o vê.
Os suas pestanas redobram, quando o ouve.
Os seus pézinhos ficam em pontas, quando o toca.
Temo pelo confronto entre uma futura realidade e as expectativas agora criadas.
Deverei avisá-la que serão poucos os homens que lhe dirão: "Vim para salvar o planeta, vamos juntos nesta aventura!"?;
Deverei alertá-la que serão escassos os que lhe manterão um sorriso permanentemente sincronizado com um olhar sedutor, no matter what?
Deverei dizer-lhe que menos ainda irão articular-se acrobaticamente só para a fazer sorrir?
Acho que não. Não devo fazer nada.
Porque são poucos, quase nenhuns, mas existem. E eu sei disso.
Porque espero que a vida lhe reserve alguém que lhe ensine o Amor, o outro tipo de Amor.
Porque olho para ela e quase lhe vejo as borboletas na barriga quando ela o vê.
E isso é um Amor.
Um Amor de brincar, de plástico, a pilhas, entre fraldas e colheradas de sopa pelo meio, mas um Amor.
Um primeiro Amor.
__________
*Buzz, enquanto a fizeres sorrir e a motivares a comer a sopa toda, tens livre trânsito pela casa e recarrego-te semanalmente essas pilhas!