A passagem do ano não eleva em mim um espírito de renovação, nem uma febre de novas resoluções. Trata-se somente da alteração de um dígito.
Porém, devo destacar que no período relativo aos 365 dias que 2011 contemplou, a minha vida sofreu uma série de alterações:
- A possibilidade de ter que alterar a estrutura famíliar (durante muitos dias do mês);
- A possibilidade de nos mudarmos para outro país;
- A efectiva alteração em termos de rotinas/estrutura familiar;
- O meu filho que parte a clavícula;
- A possibilidade de alterar a minha vida profissional;
- O meu filho e a minha filha com Varicela;
- A efectiva rescisão com a minha antiga actividade profissional;
- A minha filha que começa a andar;
- A implementação da pratica das prioridades da minha vida;
- A decisão de não ter mais filhos e dar a melhor qualidade de vida a estes dois, e a nós, como casal;
- A dedicação a novos projectos, profissionais e pessoais.
Se, no ínicio do ano, estas considerações me ocorreriam? Nunca.
Se, no final do ano, estou feliz ? Muito, muito mais.
Para 2012, desejo somente que tudo o que teve início em 2011, tenha um percurso feliz.
A todos vocês que por aqui passam, desejo-vos felicidade.
Em todas as mudanças de dígito.
sábado, 31 de dezembro de 2011
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Polegarzinho.
Este dedo é Doce.
Meigo.
Pequenino. Roliço.
Quentinho.
É de algodão.
Sabe a chocolate.
É cor-de-rosa.
Cheira a chá de jasmim.
Este dedo é um Amor.
Do meu Amor.
E um bocadinho meu.
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
5 Kg
De pura satisfação.
Existem vantagens em ter um marido que praticamente vive entre-aeroportos.
E a oposição que não se manifeste. Se ele achou por bem oferecer-me tal deleite, é porque me acha capaz de dar seguimento ao serviço, sem comprometer ancas&coxas.
São 16h40?
Está na hora do lanche!
Fui.
Existem vantagens em ter um marido que praticamente vive entre-aeroportos.
O pequenino é o que se vende por cá.
O grande, é o meu!
5Kg.
E a oposição que não se manifeste. Se ele achou por bem oferecer-me tal deleite, é porque me acha capaz de dar seguimento ao serviço, sem comprometer ancas&coxas.
São 16h40?
Está na hora do lanche!
Fui.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
Moderação.
Moderação foi a palavra de ordem deste Natal. E, sem margem para dúvidas, estamos todos felizes.
As regras foram cumpridas:
- Respeitar o plafond determinado por PAX;
- Oferecer apenas uma prenda a cada um, com excepção para as crianças (mas também esta alínea com regras);
- No caso de casais com filhos pequenos, aplicar o plafond apenas às crianças e aos pais oferecer algo simbólico (é polémico e eu prórpia me reservo algumas dúvidas sobre este tema uma vez que os pais não devem perder a personalidade e o direito aos benefícios apenas por terem filhos mas, em situação de contenção e necessidade de escolha, qualquer pai/mãe abdica dos seus direitos a favor das crianças) e, nestes casos, o aniversário será a oportunidade para compensar;
- Para as crianças, abrir a excepção para duas oferendas.
Vantagens:
1. Controlo financeiro vs descontrolo frenético de consumismo (mal do qual já padeci desenfreadamente...);
2. Maior valorização Daquela prenda;
3. Menor dispersão por parte das crianças que passam a receber meia dúzia de presentes (em vez de dezenas) e acabam por os valorizar muito mais e ter realmente tempo para apreciar cada um;
4. Fomentar a cultura de orientação para as pessoas e não para os embrulhos, etiquetas e talões.
E foi um Natal recompensador.
Conto, determinantemente, para o ano repetir a política.
Espero que o vosso Natal, com ou sem excessos, tenha sido igualmente recompensador e memorável!
sábado, 24 de dezembro de 2011
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Constatação.
É tão bom quando fazemos uma Formação sobre algo que nos dá naturalmente prazer, e não apenas porque devemos fazer. Uma maratona de 10 horas de Formação por dia chega a saber a pouco, por nos saber tão bem.Esta é uma constatação que não nos leva à fortuna. Mas à felicidade, sim, seguramente.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2011
Quando os pais não estão juntos.
(A minha experiência, para uma querida amiga).
Quando os pais não estão juntos, eu acredito que tudo pode correr bem. Considero que o cenário ideal será o crescimento dos filhos sob o tecto partilhado de Mãe e Pai mas, se este tecto não for feliz, saudável e real, então tudo correrá melhor num regime de separação. Bem melhor do que quando os pais estão juntos, mas mal juntos.
Na minha opinião, o melhor será, sem dúvida, que ambos estejam simultâneamente presentes na vida da criança. É a ordem natural das coisas. E rotulem-me de conservadora, mas natural, genética e socialmente existem papeis melhor desempenhados por uns do que por outros. A mãe cuida, o pai brinca. A mãe acalma, o pai disciplina, a mãe alimenta, o pai desafia. É evidente que existem excepções, e ainda bem, mas escrevo sobre o que, para mim é a generalidade. E, nas várias ocasiões da vida da criança, uns e outros papeis fazem igual falta e, se ambos estiverem presentes para colmatar estas necessidades, tanto melhor.
Mas, nem sempre tudo corre como planeamos e há que ajustar as velas e seguir um novo rumo.
Escreve-te, minha amiga, alguém que é filha de pais divorciados e que, por circunstâncias profissionais, também vive uma realidade familiar de algum afastamento, embora com contornos evidentemente diferentes do que é efectivamente uma separação entre pai e mãe. E, pela minha experiência, posso garantir-te que fui uma criança feliz e uma adolescente (dentro da natural esquizofrenia da adolescência) bastante equilibrada porque, embora não presentes na mesma casa, tanto a minha mãe como o meu pai, souberam estar presentes nos momentos certos e próprios de cada um. Se preferia tê-los tido juntos? Claro. Julgo que esta é a resposta do coração de todas as crianças. Mas fui feliz. Sou feliz. E tenho uns pais maravilhosos que estão sempre ao meu lado. E acho que isso sumariza tudo.
Verás, como aliás já estás a constatar, que pode ser francamente dificil. As crianças são extremamente perspicazes e capazes de golpes certeiros. Ouvirás agora "Quero o meu Papá", "Não gosto de ti", "Não quero estar aqui, quero ir ter com o Papá". E, por mais que nos tentemos controlar (porque racionalmente todas estas reacções são justificadas), é quase inevitável um franzir do sobrolho e uma tensão pela espinha. Não diria que te habituarás, mas sim ,que ganharás endurance para gerir estas situações.
A grande vantagem neste processo é a imensa capacidade de adaptação das crianças. Ainda nós andamos a avaliar reacções e a prever cenários, e já eles estão alinhados com o toque da nova rotina, bem mais do que nós.
Vai tudo correr bem. Saibam tu e o Pai estar ao lado da criança nos momentos certos, transmitir harmonia entre vocês e, sobretudo, zelar sempre pela felicidade de uma criança que foi gerada pelo que, de melhor, vocês tiveram juntos. Se assim for, a vossa criança ficar-vos-á grata, pelo crescimento saudável e feliz que lhe proporcionaram. Tal como eu ficarei, para sempre, aos meus pais.
Não precisas comentar.
Estarei onde precisares de mim.
Beijos!
Quando os pais não estão juntos, eu acredito que tudo pode correr bem. Considero que o cenário ideal será o crescimento dos filhos sob o tecto partilhado de Mãe e Pai mas, se este tecto não for feliz, saudável e real, então tudo correrá melhor num regime de separação. Bem melhor do que quando os pais estão juntos, mas mal juntos.
Na minha opinião, o melhor será, sem dúvida, que ambos estejam simultâneamente presentes na vida da criança. É a ordem natural das coisas. E rotulem-me de conservadora, mas natural, genética e socialmente existem papeis melhor desempenhados por uns do que por outros. A mãe cuida, o pai brinca. A mãe acalma, o pai disciplina, a mãe alimenta, o pai desafia. É evidente que existem excepções, e ainda bem, mas escrevo sobre o que, para mim é a generalidade. E, nas várias ocasiões da vida da criança, uns e outros papeis fazem igual falta e, se ambos estiverem presentes para colmatar estas necessidades, tanto melhor.
Mas, nem sempre tudo corre como planeamos e há que ajustar as velas e seguir um novo rumo.
Escreve-te, minha amiga, alguém que é filha de pais divorciados e que, por circunstâncias profissionais, também vive uma realidade familiar de algum afastamento, embora com contornos evidentemente diferentes do que é efectivamente uma separação entre pai e mãe. E, pela minha experiência, posso garantir-te que fui uma criança feliz e uma adolescente (dentro da natural esquizofrenia da adolescência) bastante equilibrada porque, embora não presentes na mesma casa, tanto a minha mãe como o meu pai, souberam estar presentes nos momentos certos e próprios de cada um. Se preferia tê-los tido juntos? Claro. Julgo que esta é a resposta do coração de todas as crianças. Mas fui feliz. Sou feliz. E tenho uns pais maravilhosos que estão sempre ao meu lado. E acho que isso sumariza tudo.
Verás, como aliás já estás a constatar, que pode ser francamente dificil. As crianças são extremamente perspicazes e capazes de golpes certeiros. Ouvirás agora "Quero o meu Papá", "Não gosto de ti", "Não quero estar aqui, quero ir ter com o Papá". E, por mais que nos tentemos controlar (porque racionalmente todas estas reacções são justificadas), é quase inevitável um franzir do sobrolho e uma tensão pela espinha. Não diria que te habituarás, mas sim ,que ganharás endurance para gerir estas situações.
A grande vantagem neste processo é a imensa capacidade de adaptação das crianças. Ainda nós andamos a avaliar reacções e a prever cenários, e já eles estão alinhados com o toque da nova rotina, bem mais do que nós.
Vai tudo correr bem. Saibam tu e o Pai estar ao lado da criança nos momentos certos, transmitir harmonia entre vocês e, sobretudo, zelar sempre pela felicidade de uma criança que foi gerada pelo que, de melhor, vocês tiveram juntos. Se assim for, a vossa criança ficar-vos-á grata, pelo crescimento saudável e feliz que lhe proporcionaram. Tal como eu ficarei, para sempre, aos meus pais.
Não precisas comentar.
Estarei onde precisares de mim.
Beijos!
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Ainda me vou arrepender disto...
Posso estar prestes a receber um novo membro na família...E concluo:
Devo estar com vontade de intercalar especialidades: ora pediatra, ora veterinário.
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Maria Carros.
Estimados Avós,
Para bem do vosso ego, e visando a satisfação de retorno à vossas múltiplas ofertas e expectativa de extâse da criança ao abrir as prendas, sugiro: TROQUEM OS NENUCOS POR CARROS TELECOMANDADOS. Motas e aviões também servem.
Atenciosamente,
Quem não vos quer ver com uma grande desilusão estampada na cara...
Para bem do vosso ego, e visando a satisfação de retorno à vossas múltiplas ofertas e expectativa de extâse da criança ao abrir as prendas, sugiro: TROQUEM OS NENUCOS POR CARROS TELECOMANDADOS. Motas e aviões também servem.
Atenciosamente,
Quem não vos quer ver com uma grande desilusão estampada na cara...
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Porque nem só de gastroenterites se vive o prenúncio do Natal.
![]() |
Fonte: dofundodabarriga |
É encantador como as crianças vivem esta época e, como mãe, empenho-me por alimentar cada ritual que a enriqueça e estimule a felicidade, energia e deslumbramento dos meus filhos para com esta festividade.
Foi com afinco que treinámos (que ele me ensinava diariamente) as canções que iria cantar na Festa, e nos deliciámos com cada manobra para confeccionar o nosso contributo para o cabaz da festa, umas deliciosas e divertidas bolachinhas de Natal (na imagem).
Lá fomos, ele actuou (com um comportamento exemplar), entregou a sua oferenda e regressámos com histórias para contar. Ele ficou feliz e eu cumpri a minha missão.
Fonte: dofundodabarriga |
domingo, 11 de dezembro de 2011
O milagre da multiplicação.
Registo diário de doentes na casa:
- Filha;
- Filho;
- Pai.
Parece que o destino me reservou a Enfermagem, como actividade core dos meus dias.
- Filha;
- Filho;
- Pai.
Parece que o destino me reservou a Enfermagem, como actividade core dos meus dias.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Here we go again...
Suspeito que a Teresinha está com uma gastroenterite ou algo da mesma tenebrosa família.
Tenho um grande trauma com este bicho. O MM esteve internado, com a mesma idade, com uma gastroenterite severa e foram indiscutivelmente os mais agoniantes e desesperantes dias da minha vida.
Mais logo, visitaremos o Pediatra.
Entretanto, ela está doente - neste momento, e depois dos últimos dias, já tenho a certeza - e eu estou com um imenso nó no estômago, no coração e na cabeça.
Se dúvidas existissem... Esta é a minha missão.
Os sobressaltos com os meus filhos são como os soluços, pouco tempo nos dão para respirar.
E agora vou ali limpar a 271ª expulsão de suco gástrico.
Oi?!
- Passa da meia noite e ainda tenho emails por responder e coisas por fazer;
- Tenho uma To-Do List cheia, colorida e com poucos status Completed;
- Acordei com o Colégio alguns pares de dias para que a Teresinha lá fique mais algum tempo (mais do que o período de 2h/dia, o tempo definido para lá estar, para me libertar um pouco para mim, e também assegurar a socialização devida para a idade); E isto porque tenho assuntos para resolver, nos quais , ela não me poderá acompanhar;
- Ontem e hoje (e prevê-se que amanhã), não cumpri a hora matinal reservada ao exercício;
- Tenho uma reunião de trabalho agendada para 6ª feira (uma gentileza do meu marido que gostaria que eu acompanhasse um Cliente dele em Portugal - esta última parte não me soou nada bem...).
Então?
Isto não estava contemplado na rescisão de contrato...
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Mudar de Vida.
Há nove meses tive que repensar a minha vida. Desde então encarnei o papel principal de observadora de mim, e o papel secundário de protagonista. Observei-me, ouvi-me e esmiuçei cada estado de alma. Foi um trabalho de minúcia, acompanhado ora por angústia, ora por esperança. Ao fim de nove meses, qual ciclo materno embutido em mim, emiti o veredicto: não estava feliz.
Quando refiro que não estava feliz, não significa que andasse miserável, a sofrer privações ou males maiores, não. Significa sim, que andava a dedicar o meu tempo de forma proporcionalmente inversa às minhas prioridades, e logo as minhas realizações e troféus também não reflectiam as minhas ambições. Em resumo, tempo a mais com quem desejava menos, tempo a menos para quem merece mais. Desgaste, saturação e inconformismo a mais. Paciência, disponibilidade e satisfação a menos.
E porque não sei quantas vidas viverei, decidi mudar de vida e deixar a minha actividade profissional.
O que tenho a perder? Aparentemente, dinheiro.
O que tenho a ganhar? Seguramente serenidade. A maior disponibilidade para acompanhar a minha familia (esse Bem maior), liberdade para gerir o meu tempo, oportunidade para me dedicar a projectos que ficam sempre à minha espera (uns de lazer, outros profissionais).
É um risco. Quase soa a impropério na dinastia de Troika.
Mas se não buscarmos a nossa felicidade, afinal vivemos para quê?
Eu vivo para ser feliz. E para os fazer felizes.
Esta é a minha escolha.
________________________________________________
O meu Obrigada a todas as mensagens enviadas pelasdiversas formas, a minha gratidão nunca caberá aqui.
O meu afastamento impôs-se, por um lado, pela minha necessidade de instrospeção e análise, e por não ser conveniente/adequado expor as minhas dúvidas e ponderações, por outro.
Devia este agradecimento e explicação.
Quando refiro que não estava feliz, não significa que andasse miserável, a sofrer privações ou males maiores, não. Significa sim, que andava a dedicar o meu tempo de forma proporcionalmente inversa às minhas prioridades, e logo as minhas realizações e troféus também não reflectiam as minhas ambições. Em resumo, tempo a mais com quem desejava menos, tempo a menos para quem merece mais. Desgaste, saturação e inconformismo a mais. Paciência, disponibilidade e satisfação a menos.
E porque não sei quantas vidas viverei, decidi mudar de vida e deixar a minha actividade profissional.
O que tenho a perder? Aparentemente, dinheiro.
O que tenho a ganhar? Seguramente serenidade. A maior disponibilidade para acompanhar a minha familia (esse Bem maior), liberdade para gerir o meu tempo, oportunidade para me dedicar a projectos que ficam sempre à minha espera (uns de lazer, outros profissionais).
É um risco. Quase soa a impropério na dinastia de Troika.
Mas se não buscarmos a nossa felicidade, afinal vivemos para quê?
Eu vivo para ser feliz. E para os fazer felizes.
Esta é a minha escolha.
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O meu Obrigada a todas as mensagens enviadas pelasdiversas formas, a minha gratidão nunca caberá aqui.
O meu afastamento impôs-se, por um lado, pela minha necessidade de instrospeção e análise, e por não ser conveniente/adequado expor as minhas dúvidas e ponderações, por outro.
Devia este agradecimento e explicação.
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