domingo, 6 de maio de 2012

A mais antiga profissão do Mundo.



Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=RoQ1iYREvgI&sns=fb

É tão isto. Estamos nos bastidores, para que eles possam brilhar sempre, cada um à sua maneira.
Este vídeo valoriza aquele que é muitas vezes um esforço invisivel, o melhor, mas mais dificil trabalho de uma mulher, o ser Mãe.

Quando entramos de licença de maternidade, dizem-nos: "Ricas férias", se abdicamos de uma carreira, criticam-nos: "E agora não fazes mais nada?....". Eu sou Mãe e limpo narizes, seguro testas durante vómitos, administro seringas de soro, sofro anos de privação de soro, meto as mãos no cocó, desinfecto feridas, canto sem saber cantar, choro em silêncio, deixo de almoçar só para marcar presença naquela bancada da natação, passo horas nas urgências do hospital, escondo os males do mundo, monto um mundo melhor, seguro com o braço e seguro com a perna ao mesmo tempo, multiplico o meu amor, racciono o meu dinheiro, invento, reinvento-me, exaspero de cansaço. E há quem denomine isto de férias ou desocupação. E nós, mães, encaixamos e seguimos em frente. E ainda acrescentamos trabalho, compromissos sociais, gestão doméstica e matrimonial.

Se não fazemos nada? Não, ao que faço não lhe chamaria nada, Chamo-lhe sim, criar Estrelas. E mesmo que um dia, não brilham para ninguém, nem onde desejariam ou deveriam brilhar, fica a certeza de que a minha vida iluminaram sempre, e eu dormirei em paz.
 
Feliz dia da Mãe a todas!
Cheias de xixis, cheias de iogurte no cabelo, mas cheias de dignidade e alegria na vida a criar os vossos "atletas".

quarta-feira, 14 de março de 2012

Update telegráfico.

Estamos bem. Stop.
Ou melhor, "vai-se andando" (existem coisas que correm menos bem, portanto há que prevenir que venham por aí mais!). Stop.
A obra está na recta final. Stop. Chatices. Stop. Imprevistos. Stop. Grrrrrrr's! Stop.
Já temos cadela. Stop.
Está a dar muito mais trabalho (a todos os níveis) do que estava previsto. Stop.
A relação dela com o MM não está a ser cor-de-rosa como seria expectável e isso está a ser uma preocupação. Stop.
A Teresinha está novamente com refluxo gástrico. Stop.
Entre Miúdos, Obra, Cadela, Bolos e Projectos IT, deito-me lá para as 02h. Stop (zzzzzz).
Portanto, como se pode ler, "vai-se mesmo andando". Stop.
Mas estamos todos vivos! Stop.
E isso é que importa e por isso vim dar notícias. Stop.
Os deveres chamam-me e lá vou eu.
STOP.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Ele conta os dias.



Todos os dias, ao acordar, este meu senhorinho vai buscar o iPad, selecciona o Calendário e, ansiosamente, conta os dias que faltam para ir buscar o "nosso cãozinho". Depois, com os olhos brilhantes, diz-me "Mamã, mamã, já só faltam poucos dias!".

_______________
E o meu medo é que aconteça algo que impeça este encontro. Estamos numa das semanas "-" da Teresinha e, se piorar, posso mesmo ter que cancelar a viagem (é que teremos que fazer muuuuuuuuuitos quilometros para ir buscar o próximo membro da família). E o desgosto seria irremediável.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Muitos mais braços têm as Mães.


Já comprei a casa do cão. Já comprei a mega caixa transportadora (para cães de "raças gigantes"). Já comprei a cama. Já comprei coleira, trela, bola e corda de roer. Já comprei 15 Kg de ração.

E comprei tudo hoje!
E comprei tudo hoje, com o MM.
E comprei tudo hoje, com o MM, e com a MT.
E comprei tudo hoje, com o MM, com a MT, e em três horas.
E comprei tudo hoje, com o MM, com a MT, em três horas, e parei para o MM fazer xixi.
E comprei tudo hoje, com o MM, com a MT, em três horas, parei para o MM fazer xixi, e depois parei para mudar a fralda à MT.
E comprei tudo hoje, com o MM, com a MT, em três horas, parei para o MM fazer xixi, depois parei para mudar a fralda à MT, e depois parei para dar lanche aos miúdos.
E comprei tudo hoje, com o MM, com a MT, em três horas, parei para o MM fazer xixi, depois parei para mudar a fralda à MT, depois parei para dar lanche aos miúdos, com um numa mão, a outro no carrinho na outra mão, numa mão invisivel que não sabia ter, um carrinho de compras e, basicamente na cabeça, o tabuleiro com o lanche.
E comprei tudo hoje, com o MM, com a MT, em três horas, parei para o MM fazer xixi, depois parei para mudar a fralda à MT, depois parei para dar lanche aos miúdos, com um numa mão, a outro no carrinho na outra mão, numa mão invisivel que não sabia ter, um carrinho de compras cheio e, basicamente na cabeça, o tabuleiro com o lanche, e fiz várias piscinas para o carro para conseguir encaixar tudo, e tive que reestruturar o carro para não deixar nada/ninguém de fora. E com eles. E com tudo.

Chegaram até aqui? Cansados?
Também eu.
A maternidade é uma espécie de adrenalina que nos dá poderes que até então desconhecíamos. No meu caso, posso testemunhar que multiplica braços.
Agora vou ali desmaiar.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

17, do que a vida melhor contém.



A Teresinha faz hoje (mais precisamente às 14h10), 17 meses.
E tanto haveria para escrever, sobre tudo o que esta criança me tem dando ao longo destes 17 felizes meses.  E é tão bom quando a felicidade não nos cabe nas palavras que a vida nos ensinou, e as ultrapassa. E a maternidade é um desses raros casos de felicidade indescritivel.

E, pelo exposto em cima, para marcar a data, não vou escrever sobre o que eu sinto, mas sobre o que tu és, Teresinha, como tu és, pois tu sim mereces o protagonismo.

És uma menina, acima de tudo, doce. Adoras carinho, manifestações deste. Beijos ao Pai, beijos ao mano, beijos lambuzados, doces e mimosos, a mim. Adoras que te dê beijinhos nos pés quando te mudo a fralda. Se me esqueço, relembras-me e balanças a perna no meu sentido com um sorriso sedutor.

És extremamente ágil e desembaraçada. Compreendes tudo o que te dizem, mesmo instruções com referência a acções, objectos e locais na mesma frase. Surpreendes-nos constantemente com tamanha perspicácia.

Não dizes muita coisa perceptível a todos, mas és uma comunicadora nata. Que se entenda, dizes: "Olá", "Mamã" (que sou eu e o Pai (!)), "Biáuuu" (Miguel), "Am, dã, tês" (1,2,3 com sotaque françes) e "Obiá" (Obrigada).

A tua brincadeira preferida é passear a botas cá de casa. Todas as de cano alto, e andar com elas da sala para o quarto, deste para o corredor, arrumá-las, dessarumá-las e olhá-las. Tens um fascínio por botas (o que até consigo compreender lindamente...).

O teu local de eleição, em casa, é a minha máquina de ginástica. É lá que te sentas para ver desenhos animados, é para lá que vais logo que chegas a casa, inclusivamente é lá que, com efectivamente muita ginástica, te tentas deitar e descansar.

Se precisas da minha atenção e tens dificuldade em consegui-la recorres ao golpe fatal: "Dó, dó", franzes o sobrolho e esticas o dedo, a jeito de quem se magoou muito.

Adoras piscar o olho ao teu Pai, e desafiá-lo quando sabes que fazes o que não deves.

Encantas-te com as gargalhadas do Mano e não dispensas uma corrida com ele, sempre precedida do "Am, dã, tês".

Namoras constantemente comigo. Encostas a tua cabeça à minha e sugeres-me beijinhos na testa, no nariz, nas bochechas. Encostas o teu nariz ao meu e, com uns olhos brilhantes, sugeres que me adoras. Encostas a tua boquinha rosada à minha, fazes-me festinhas pelo cabelo e sugeres que me amas.

E eu a ti.
Gosto-te, Adoro-te, Amo-te, minha Teresinha. Tanto. Tanto.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Cruzado, mas pouco.


"Mamã, gosto muito de estar assim mascarado, mas não gosto nada de estar nesta confusão, cheia de gente. Vamos embora?...".

Pouco dado a Carnavais, este meu adorável Cruzado.

Pequenos Artistas.


Ontem foi assim, a minha manhã.
Sorridente, deliciosa e cheia de ternuras partilhadas.
Ensinei os pequeninos a fazer bolinhos, e eles ensinaram-me a ficar ainda mais feliz.
Se eu fosse rica, todos os meus dias seriam assim.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Pais fora, dia de borga na casa.


Agora que o meu estilo de vida me permite, muitas vezes, estar em casa em horário peak dos Pais, passei a crer seriamente no ditado popular "A ignorância é santa"... e só vos digo, não queiram saber o que os vossos filhos adolescentes fazer na vossa ausência. E sim, precisamente nesses períodos de tempo em que supostamente estão no liceu... Pois.

E sim, também eu já fui adolescente.
Mas os tempos são outros, ah pois são.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

A Determinação.


Se existisse uma só palavra que caracterizasse o meu filho nos últimos dias, essa palavra seria Determinação.

Isto é para ti, Miguel Maria.

Faz hoje uma semana que me ouviste falar ao telefone, estava eu a ultimar os detalhes para o encontro com a actual dona do muito provável próximo membro da família. No fim, questionaste-me "Vamos mesmo ter um cãozinho, Mamã?". Confirmei.

Momentos depois, estava eu na cozinha, quando entraste e num tom muito sereno, me abordaste: "Mamã, já não vou usar chuchinhas. Vou guardar todas num saquinho e dar ao nosso cãozinho.".
Eu ainda pensei não ter entendido bem. Parecia que o que dizias não fazia sentido pois estava absolutamente dessintonizado da realidade que eu conhecia: eras um menino muito dependente das chuchas para adormecer, inclusivamente dormias com alguns pares delas pois tinha o vício (que eu achava encantador...) de ir revezando as chuchas durante a noite. Quantas dezenas (centenas?) de noites me sentei á beira da tua cama, sem fazer barulho para não te acordar, e só a observar este teu movimento. Por outro lado, já há algum tempo que eu e o teu pai te andávamos a abordar para deixares as chuchas, porque estava crescido, porque poderia fazer mal aos dentinhos, porque tínhamos a certeza que serias capaz. Mas nunca insistimos nem te forçámos a nada. Sem sucesso. Essa era uma relação de dependência forte. De conforto, de refúgio, de consolo. E por saber que eram tão boas as sensações que tinhas, acabei por abandonar o assunto, com falta de coragem para te ver sofrer.

Por estes motivos, naquele momento, as palavras proferidas pela tua vozinha - segura, tranquila e determinada - pareciam não encaixar na minha cabeça. Ultrapassei o momento de dislexia e logo te apoiei, e motivei, e entusiasmei e tudo que pude para que sentisses como valorizava a tua atitude.

Achei admirável a tomada de decisão e fiquei francamente vaidosa pelo teu gesto, pela iniciativa e nobreza da acção mas, sabia que na "Hora Chucha" voltarias à tua fiel relação. Mas o que tinhas dito, o que tinhas demonstrado ser, já fora o suficiente para me encher de orgulho.

Mas as crianças têm a extraordinária capacidade de nos deixar incrédulos e absolutamente desarmados. Faz precisamente hoje oito dias que tomaste a tua decisão e nunca mais voltaste a usar uma chucha. Estão todas arrumadinhas na tua mochila que escolheste para dar ao cãozinho. Tens sofrido de forma vísivel e visceralmente dolorosa para mim, mas não cedeste. Quase eu te fiz ceder, questionando-te algumas vezes (perante  tua declarada ansiedade) se não quererias uma chuchinha, e sempre rejeitaste alegando que já não usavas chucha e eram todas para o cãozinho. E estão todas ali, à tua mão, acessíveis a uma regra quebrada, a uma batota que virtuosamente não fazes. E sofres. E choras inclusivamente de noite. Mas tens a tua determinação que te move. E tens quatro anos.

E eu duvido que esta fosse/seja uma adicção (pelo menos como o era para ti) menos viciante que o tabaco, o roer as unhas, o chocolate e outros que aprisionam tantos adultos.

E eu estou aqui pequenina, pequenina. Pequenina a vislumbrar a tua grandeza.
Mas estou também grande, enorme. Estou gigante com a certeza que, venhas tu a cometer os erros que cometas na vida, eu e o teu pai te passámos os valores e principios correctos, e hoje, agora, sinto um orgulho de ti, meu filho, que durará até depois da minha vida.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Tu sabes de mim.



MM: "Mamã, vem jogar comigo..."
Eu: "Querido, agora não posso. Vais ter que esperar."
MM: "Agora já não 'dou-te vestidos e 'puxeiras..."

Ele sabe.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Sai mais uma Bronquiolite para o quarto da direita!

Em termos de Bronquiolites, esta minha equipa joga na grande liga.
Sempre a marcar pontos.

Sinto que estou quase mais capaz de tratar bronquiolites do que preparar o jantar.


Por qué no te callas?
Por qué no te callas?
Por qué no te callas?
Por qué no te callas?
Por qué no te callas?
Por qué no te callas?

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Por qué no te callas?

Português que é bom português, daqueles de gema, dos que vibram com o cantar do hino, dos que defendem as marcas nacionais, daqueles mesmo que dão prioridade ao ir para fora cá dentro e estimular a economia nacional, português deste tipo - e tal como eu sou - não pode vir a um blog anunciar que está tudo bem, e que até está feliz e tal. Não.

Português que é português tem que estar mais ou menos ou ir-se andando. E eu ontem até parecia estar a renunciar um  pouco ao meu nacionalismo advogando o estar tudo bem e não ter nada do que me queixar.

E, para terminar, português que é português, nesta altura do ano tem os filhos doentes. Ah pois. Cheios de tosse, ranho, febre, vómitos e falta de apetite. E como acrescento, ainda tem inundações na cozinha com máquinas de roupa que avariam pela 83ª vez.

Há dias em que mais valia ser Sueca.

domingo, 29 de janeiro de 2012

34.



O que escrever?

Em registo dos anúncios de aniversário do BabyTV (e porque este é estruturalmente um Babyblog): Estou feliz, feliz, feliiiiz, feliiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiz.

E, Obrigada.
Inês.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Cozinhar Emoções.


Confeccionar um Bolo não se trata apenas de misturar açúcar, ovos e farinha.
E decorar um Bolo também não se trata apenas de corar pastas e modelar.
A culinária, e o Cake Design em particular, são, para mim, uma alquimia de sabores e emoções. Não se trata apenas de dar a comer, mas sim, de dar a sentir. Se fazemos alguém dar uma rasgada gargalhada, exibir um sorriso inspirador ou chorar de emoção, é porque a receita foi feliz e resultou no melhor sabor.

Marcar a diferença de um momento, fazer alguém sentir-se especial e, no final, ainda lambuzar os dedos de satisfação, é o que me move quando faço um Bolo. Não cozinho apenas ingredientes, tento cozinhar emoções.

Hoje de manhã, ao entregar o Bolo à Rute, senti tudo isto. E foi por isto que escrevi.
Obrigada Rute!


http://www.blogbolomaria.blogspot.com/

*Aproveito e partilho convosco o meu périplo pelo mundo dos Bolos. Finalmente consegui gerir a minha vida para dedicar algum tempo a esta actividade. Não sei se conseguirei continuar a gerir as coisas desta forma pois outros valores se impõem também, mas esforçar-me-ei pois a satisfação é incomparável a outras. Diria mesmo que se trata do meu lado Yang.
Espero que gostem!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

La più bella Ragazza.


Prestem atenção à postura desta menina: embora não dispense brincar com carros e motas, não abdica de ver desenhos animados bem adornada, neste caso, relógio DKNY e pulseira Parfois. O sapatinho de boneca aposto que é um Jimmy Choo da bonecalândia.
É cheia de classe, esta minha filha.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Será uma questão de género? Geração? Ou apenas jeito?


Estamos, os dois, a jogar iPad.
Ele adora que eu o acompanhe nestas aventuras, e eu adoro vê-lo feliz.
O jogo baseia-se em manobras aeronâuticas. Requer precisão e concentração.
Comigo ao comando, os passageiros temem pela vida. De certeza que potencio síncopes e ataques cardio-vasculares. Quando estou no meu melhor, apenas alguns enjoos e tonturas.
Com ele ao comando, as rotas são cumpridas e os alvos meticulosamente focados.
Quem viaja, pode dormir ou desfrutar do passeio.
Eu tenho 33.
Ele tem...4.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Manhãs.

Sobre as mudanças de Vida.


Frias, verdes, espaçosas e cheias de oxigénio.
Assim são as minhas manhãs.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

É meia-noite.

E só agora acabei uma revisão de proposta comercial, e ajustes a um plano de investimento.
A minha amorosa Plataforma Vibratória está ali, a mirar-me, ora com uma postura de sedução, ora de cobrança. A calçada de rua, já me ignora, ou pior, dificulta-me a marcha, perante a minha baixa nas caminhadas/corridas matinais. Há cerca de duas semanas que contabilizo exercício = 0...

Quem disse que trabalhar por conta própria seria facilitismo?
Garanto que os meus dias passaram para 27-29 horas. Garanto.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Retrato de Família.


Estes somos Nós.
Por ordem, o Pai, o Miguel Maria, a Teresinha e a Mãe.
Em cima a assinatura (mi).

Por Miguel Maria, aos 4 Anos.


*Estão todos felizes e eu com um ar desesperado, mas isso agora não interessa nada.


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Brigada do balde&esfregona.


Minha querida, daqui a 30 anos não terás igual ar de satisfação, nem verás tanta graça nesses, agora brinquedos, depois objectos de tortura...

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Estreias.


Porque esta nova vida não se compõe apenas de poder permitir às crianças o conforto do seu sono, e da sua cama, por tantos mais instantes. Trata-se também de aprender coisas novas, meter diferentes conhecimentos em prática e conhecer outras realidades.

Depois de alguns dias seguidos a deitar-me sempre perto das 02h (uma vez que agora os dias são muito, mas muito mais compridos), ontem fiz a apresentação de um projecto, a solo, sem o acompanhamento do meu tutor. Um projecto onde toda a matéria é nova para mim e relativamente complexa.

Senti alguma desconfiança logo de inicio, alguma resistência à novidade (uma vez que não seria por mim que esperavam) mas, com alguma serenidade calculada e a confiança da matéria bem estudada, aventurei-me em demonstrar-lhes que podiam confiar em mim. E apresentei, e falámos, e debatemos e, às tantas rimos, e já conversávamos com alguma proximidade. E passaram-se quase três horas.

E assim foi um momento de estreia. Com toda a ansiedade, receio e adrenalina  que estas implicam, foi assim que decorreu mais uma primeira vez da minha vida. E sinto que correu lindamente. Não sei se o projecto será adjudicado, não sei se outros farão melhor, mas tenho a certeza que dei o melhor de mim e dobrei um dos cabos da mudança.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Luxos de um homem pequenino.

As vantagens de se ter uma Mãe suficientemente louca para trocar a eventual estabilidade profissional pela arriscada (mas tão mais feliz) vida de freelancer.

Cinesioterapia Respiratória.

Hoje foi a primeira de (no mínimo...) seis sessões da Teresinha.
Já não sou estreante  na lide pois o Miguel Maria experimentou a terapia algumas vezes. E foi mau, na altura. Mas, desta vez, foi muito pior. O facto de a Teresinha ser mais crescida (do que ele era quando as fez), dá-lhe outra percepção do espaço, dos objectos e dos movimentos. Acresce impressionismo. Tem mais força e maior capacidade de reacção. Acresce resistência.
Sei que é necessário e os benefícios são quase instantâneos. Sei.
Sei que é preferível esta medida a mais uma dose de antibiótico. Sei.
Mas vejo que a minha filha hoje adormeceu desfigurada de tanto chorar, gritar e espernear.
E eu sinto-me como se tivesse sido apanhada por dois camiões TIR.
E pensar que amanhã, e depois, e depois, e depois, e depois voltamos lá, estilhaça-me.
Mas sei que é para o bem.
Sei e lá estaremos.
Mas sinto-me atropelada, pois. 

domingo, 8 de janeiro de 2012

Sol de Inverno.


Que Sol magnífico para a família ir ao parque.
Brincar e derreter espirros e tosses que por cá andam hospedados.

*Isto e a constatação - feliz - que exorcizei rapidamente o espírito do Post anterior.

Constatações infelizes.

Sentires que desceu em ti o verdadeiro espírito de doméstica quando acordas, constatas o belíssimo dia de sol que te entra pela casa dentro, e imediatamente te ocorre:

- "Que dia fantástico para fazer as imensas máquinas de roupa que tenho em atraso!!!".

Das duas, uma:
- É o efeito da idade a apoderar-se de mim (este pensamento, há três anos atrás, seria bizarro);
- É o efeito da troika, e a a obrigatória maior necessidade de dedicação a tarefas domésticas.
Ambas, miseráveis.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Esta sou Eu.


Moldada a preceito pelas mãos do meu doce filho.
Vejo um mundo florido.
Oiço o que quero.
E as minhas pernas levam-me onde quiser.

Adorável, meu Amor.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Facebook e era uma vez uma vida tranquila.

Pessoas modernas, tecnologicamente instruídas e praticantes, esclareçam-me:
Existe vida pessoal depois de entrarmos no Facebook?
SIM? É que aqui a info-excluída apenas hoje deixou (quase involuntariamente, registe-se) de o ser e, na realidade, quase me sinto engolida por tamanha agitação social...
Em duas horas quase fiz a volta à árvore geneológica e mais uns conhecidos distantes, que já previa desconhecidos.

Pessoas modernas, tecnologicamente instruídas e praticantes,
Eu sou uma menina de blog. Recatada. Mudei-me para o campo.
Copinho de leite, portanto.
Tende calma, se não atender aos vossos likes, comentários e notificações que gentilmente me possam endereçar. Eu também gosto de vocês (embora vos tenha, até à data demonstrado de formas mais grosseiras), mas chego lá.

O Kremlin perante o Facebook, é um mosteiro de claúsura.
É tudo o que me ocorre.
Tenho ali um "Gosto" a piscar, tenho que ir!

Fui aos Saldos.



E voltei muito satisfeita. A minha carteira pesa o mesmo.
E voltei muito ressabiada. Andarão a esconder a roupa gira em alguma outra parte do mundo?...