quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Hipocrisia

A hipocrisia é o acto de fingir ter crenças, virtudes e sentimentos que a pessoa na verdade não possui.
In Wikipedia

Existem dias em que parece ser usada como um adereço de moda, esta hipocrisia. Mas é um adereço que deveria ser usado com conta, peso e medida pois é demasiado extravagante. Faz perder a classe. Esta moda cansa. A mim, cansa.

Controvérsias de Mãe. Ou de Mulher?


Ontem e hoje estou em regime de tele-trabalho respeitando as normas de segurança da empresa e instruções da Senhora Ministra, uma vez que apresento um quadro gripal. Não, já percebemos que não é a A, mas é outra para chatear. Ao lado do rato do portátil tinha o comando e não resistia a intervalar revisão de documentos com zapping. Numa das paragens Zap, falava-se sobre Mães a tempo inteiro. Estas, a tempo inteiro, relatavam a experiência como gratificante e revelavam-se nada arrependidas da escolha. A entrevistadora, a vestir a defesa do Diabo, lançava faúlhas como “realização profissional”, “autonomia financeira”, “estímulo social”, etc, etc, etc. Tentei tomar uma posição, mas não consegui e acho mesmo que nunca conseguirei. Antes de ser Mãe, vislumbraria com facilidade um futuro medonho para estas senhoras… Faltar-lhes-ia tudo o que a mim era vital. Mas agora a minha condição mudou e não sei se até sinta inveja delas. Ter toda a disponibilidade para acompanhar o meu filho, permitir-lhe estar mais horas com a família do que com as educadoras/auxiliares, privá-lo do tormento do despertador, saber que estaria acessível sempre que assim fosse necessário. Tudo isto por um lado e, por outro, não viver em constante dilema com as obrigações profissionais e a gestão destas com as prioridades de uma Mãe. As ausências para apoio à família que empobrecem o bónus anual, as saídas antecipadas das reuniões de staff para as reuniões de encarregados de educação, a gestão das férias em que o período do Colégio por vezes bate de frente com os períodos de crise na empresa. Seria um alívio… Mas a adrenalina de uma promoção? O orçamento extra para os luxos femininos? O dinamismo social? Seria um assolo. É evidente que no dia em que a condição de profissional se incompatibilizar com a de Mãe, a escolha está feita. A prioridade está bem definida. Mas julgo que só se pode ser uma boa Mãe quando se está bem como Mulher e aqui mora o busílis. A Mãe estaria bem. E a Mulher? Mas a Mulher também não se sente realizada se num dia, numa hora, naquele minuto não estiver presente como Mãe … Enfim, uma controvérsia na qual é melhor não pensar. É viver o dia com uma mão na fralda e outra no portátil.

domingo, 27 de setembro de 2009

Não era isto, pá.

Antes de tudo o que por aí vem, a blogosfera é um espaço público de partilha de opiniões distintas ou complementares. É mais um espaço de Kracia (Governo) do Demo (Povo, não o outro) , pelo que, pauta-se pelo pluralismo e pela convivência de opiniões residentes nas várias ideologias. Posto o enquadramento, passo ao assunto.

Não era isto que queria que resultasse hoje. Mas, confesso, era com isto que já contava, . Impostos que aumentam, emprego que falta, marginalidade crescente, centros de saúde e maternidades que fecham. Mas, por outro lado, ambições de obras e engenharias faustosas, ora TGV’s, ora OTA’s. Importantes, sim, mas perante o cenário actual, parece-me que deveriam dar passagem aos prioritários: Saúde, Segurança e Educação, e destes, ouve-se pouco. Do Magalhães, vá. Não digo com isto que a alternativa fosse a salvação, mas digo sim, que me pareceria uma solução mais orientada para as reais necessidades que infelizmente temos vindo a conhecer. E, face ao mau momento por que passamos – e porque não atribuo todos os efeitos à causa Crise Internacional -, penso que deveríamos ter dado oportunidade ao próximo, sem garantia é um facto, mas porque não me parece ser por aqui, por onde estamos a ir. Vamos ver no que dá. Vamos ver, .

(Sim, certo, sou assumidamente de direita. Acho graça à esquerda, vejo encanto nos idealistas e reconheço a sua entrega às causas mas, perdoem-me - ou não – depois dos sonhos, estou na vida real e os meus pés, depois do sono, assentam é na terra, pelo que, as respostas, só as encontro à direita).

Vamos lá, beijinhos para todos. Até para os rosinhas, vermelhinhos e coloridamente indecisos. Eu não sou tão Porreira Pá como vocês mas estimo-vos muito.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Quando a Vida chega.



Tenho uma familiar a dar à luz neste momento.

Por ser Mãe, não consigo deixar de me remeter para as esmagadoras sensações de ansiedade, êxtase, medo, adrenalina e felicidade que compõem o dia do nascimento de um filho. É um dia que nunca irá esquecer, haja o que ouver, aconteça o que acontecer, venha quem vier. E a sua vida nunca mais será igual. Terá mais dor, mas ainda mais alegria, terá mais receio, mas ainda mais valentia, terá um amor não superado por nada mais. É assim que tudo muda neste dia, quando a Vida chega.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Depauperada


Treze horas de trabalho por dia. É muito. Nove horas para encaixar viagens, obrigações familiares, domésticas e sociais, e dormir. É pouco. Alguém me deixe à porta do LUX e só me vá buscar depois do Sol nascer. Preciso alucinar e voltar à terra. Quando notarem que já estou com um ar sadio e equilibrado, devolvam-me ao mundo. Até já, vou depauperar mais.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Conversas Miúdas #2

Conversa telefónica com o meu irmão M. (8 anos).

Eu : Olá querido! Como correu a visita à dentista? Deixaste arranjar o dente desta vez? *
M. : Sim Mana! Arranjei o dente!
Eu : Vês, a mana não disse que não iria custar?
M. : Mas, óh mana, só não custou porque, para não doer, ela deu-me uma amnésia!!!

* Na última consulta ficou duas horas de boca fechada e levou a minha mãe à histeria.

Posto isto, há que pedir sempre AMNÉSIA, das fortes!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A conta do Amor.

Sem querer, acabei de fazer contas ao Amor. Fui, como todas as noites, dar o leitinho ao Miguel Maria. Entrei de mansinho, pousei o biberão para, de seguida, observar a posição em que estaria, pegar nele ao colo e completar o ritual. Olhei-o e parei. Tão sereno, tão feliz, tão bonito. Atravessado na sua cama Prince Size, rodeado dos pequenos que o acompanham no sono (o coelho soninho, o coelhinho da música, o urso ó-ó e o ursinho do amor) e as mãos completas com chuchas. Não queria interromper aquele enlaçe. E queria tanto abraçá-lo. Não queria que acordasse. E queria tanto cheirá-lo. Tão sereno, tão feliz e tão bonito. E pensei, a cada dia que passa, somo amor ao meu amor.

Um dia.


Eu até podia escrever muito hoje. Podia. Eu até podia ir ler os Blogs todos do costume. Pois podia. E podia comentar. Pois. Podia mas não posso. Passei praticamente meio dia de trabalho no trânsito, com o Tejo ao lado e os trabalhadores das outras milhares de empresas à volta. Pára-arranca-pára-arranca-pára-arranca. Um dia vou para o campo. Um dia mudo de vida. Um destes dias.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Já cheira.


A Natal. Cheira-me a Natal. É impressionante, mas consigo superar as manobras de estímulo ao consumo das grandes zonas comerciais, que habitualmente montam o Natal em Outubro. Se sou precipitada? Acho que não, gosto é muito. E a minha mente consome analogias. Saio de casa e já sinto a brisa fresca a roçar a ponta do nariz, limpo o orvalho que adormeceu nos vidros do carro e faço essa marginal a presenciar o acordar indeciso do dia. E depois desta visão romântica acordo e estou no meio do trânsito! Machos que disputam a estrada entre si como quem mede o tamanho do nariz; casais virados cada um para seu lado a galar os condutores e penduras concorrentes; pais a malharem nos filhos e filhos a malharem nas PSP’s. Mas, nessa altura, volto a concentrar-me no meu cheiro a Natal e desligo-me das seriedades fastidiosas a que nos tentam obrigar. Dos multiformes e reluzentes faróis transponho-me para as semelhantes luzes que vão piscar na árvore e, no carro, meto um swing Natalício à laia de Michael Bublé. É, embrulhada neste espírito, que chego cá. Já me cheira, e cheira-me bem.

Isto é freak ? Não há problema. Encantada. Eu nem sou nada a romantismos mas, ao do Natal, não resisto.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Bolas de sabão


Ontem comprei um kit, não tóxico (logo caro, muito caro), para fazermos bolas de sabão.

Filho, vamos fazer magia?
Shim, shim! - Responde o Miguel
Que, depois do Colégio,
Era mesmo o que queria.

Um, dois, três, sopra…
Ah, e é mesmo magia!
São brilhantes, são bonitas.
Vislumbra o pequeno com alegria.

Bolas grandes, bolas pequenas,
Tenta ele apanhar com energia.
Ele ri, ele salta, ele grita.
Mas que bom fim de dia!

Agora não sopra a Mamã,
Agora sopra o Miguel,
Fuuuuuuu……….

Agora não sopra o Miguel,
Agora sopra a Mamã,
Fuuuuuuu……….

Vamos terminar, vamos arrumar.
Vamos tomar banho e papar.
Vamos fazer ó-ó,
E com bolas de sabão sonhar!

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Ser Mãe também é... #1


... Andar 30 minutos a subir e descer escadas rolantes compulsivamente…*

Round 1
Eu – Já está filho?
MM – Maich Mamã. Maich!!!
Round 2
Eu – E agora filho, chega ?
MM – Maich Mamã. Maich!!!
Round 3
Eu – É para continuar, não é verdade ?
MM – Maich Mamã. Maich!!!

E assim, muitas, muitas vezes, ao olhar de misericórdia e gozo dos “não pais” que observavam a cena.

*Enquanto se espera pelos amigos atrasados para se ir jantar.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Eu voto em mim!


Na comunicação todos os dias tenho vários frente-a-frente. No canal profissional, no canal domiciliário, no canal social. Às vezes ganho às vezes perco, mas sempre, sempre me sinto renovada para o próximo e volto a ser convidada. Nos transportes todos os dias edifico o meu Train à Grande Vitesse entre estas duas cidades onde opero. É um facto que a obra começa sempre às 06h da manhã, caso contrário, já só me resta o TPetitV. Na economia todos os dias reinvento as finanças, estou crente que sou mais uma das “mãos invisíveis deste Estado”. As minhas dívidas públicas são sanadas na hora, os benefícios fiscais são reinvestidos em material doméstico que precisa de renovação, os dois reguladores existentes nem sempre estão em concordância mas, no final, aprovam o orçamento proposto. A educação é outra pasta à qual dou relevância. Apresentam-se moções de censura às birras e, com mais frequência, aprovam-se moções de confiança à boa educação. Na saúde opero milagres. No final da tarde recolho cargas de vírus que, durante a noite/madrugada tenho que tratar para, pela manhã, distribuir saúde. Na agricultura, não podia apoiar mais. A hortelã rejuvenesce viva e fresca no terraço. Os animais? Sou amiga, não tenho lá nenhum pois não os quero doentes. No patriotismo, não podia apoiar mais. A marca branca conquistou o Palácio e férias são, para fora, cá dentro. Natalidade? Estou disponível para contribuir mas, para isso, terei mesmo que ser eleita e tratar assuntos como creches, abonos e licenças como assuntos sérios e não anedotas. Promessas? Não faço. Sobre a massa eleitoral, ao que parece tem-se mantido fiel embora a minha falta de promessas. E eu? Eu voto em mim e vou mandatando o melhor que posso.

Querem melhor ?

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Quando for velhinha.

Quero naturalmente acordar cedo para fazer jogging na praia. Quero ter tempo para pôr os cremes todos, cheirá-los e usá-los até ao fim. Quero perder horas a meter-me bonita para os jantares românticos com o teu pai. Quero sentir-me vaidosa quando passar tardes a ver montras com as amigas. Quero ler sem pressa. Quero continuar a dançar sozinha na sala. E continuar a dançar acompanhada. Muito. Quero fingir que canto bem. Quero comer bombons. Quero beber chá. Quero acender velas aromáticas. Quero ouvir Diana Krall, e Nina Simone, e Caetano Veloso, e Gotan Project, e Frank Sinatra, e Doors, e Michael Bublé. Quero fazer bolos decorados com pasta de açúcar. Quero rir-me com a tranquilidade que só a velhice trás. Quero fazer planos para o dia seguinte. Quero sentir-me feliz. Quero que sejas feliz. Quero que faças a tua vida sem te preocupares comigo. Quero que não te esqueças de mim. É só o que quero. É tudo.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Também há parênteses.


Já por diversas ocasiões, entre conversas despoletadas por Posts do Blog, me dizem que gostariam que escrevesse mais. Que incluísse mais assuntos. Que expusesse mais. Não foi nem é minha intenção fazê-lo mas poderão, por vezes, existir parênteses por força das circunstâncias ou do estado de espírito mas serão isso mesmo, parênteses. Até poderei extravasar para lá do que supus mas tentarei arrematar, sempre que possível, com alguma conclusão, sugestão, paralelismo, metáfora que conduzam ao tema central. Não se trata de vontade (ou falta), nem de secretismo. Não. Trata-se somente de contexto. Criei este espaço para dar corpo a um estado, o de Mãe. Porque é bom poder partilhá-lo com amigos e trocar experiências. Porque sou muito descritiva e muito nostálgica e sei que gostarei sempre de recordar. Porque se um dia, ao meu filho apetecer, também o poderá fazer. Se não apetecer, não apetecerá mas saberá que existe. Quando os parênteses me começarem a superar estará na altura de arrendar mais um espaço na blogosfera! Aqui fica o parêntese.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Mais noites sem dormir.

Não, não vem aí um novo recém-nascido. Não. Agora que o MM já dorme e já deixa dormir noites completas, esta sua mãe decidiu desestabilizar o cenário. Como o pequeno já há algum tempo manifestava algum desconforto na cama de grades, ora dava valentes cabeçadas, ora enfiava uma perna ora prendia um braço, achei que estava na hora. Na hora de alargar os seus horizontes numa cama de gente semi-graúda. E no que me fui meter… É cama, é barreira protectora, é edredão sobresselente para amparar uma queda por baixo, é almofada vezes almofada para proteger uma queda por cima, é colchão de apoio no chão para apoiar depois da queda. É vê-lo a sair mafiosamente da cama. É ver-me a entrar no quarto, por essa madrugada dentro, sempre que oiço um ruído (logo escolhi a noite em que se estreou a trovoada deste ano…). Foi uma maratona. É um stress. Vai ser um castigo. Eu mereço.
Be quiet girl…

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Cresces.


Meu filho, ontem fomos levantar o teu Cartão do Cidadão. Isso, Cartão do Cidadão. “É impressionante como estás crescido”, pensei. Penso. Vejo. Já sabes o que queres, já o mostras. Já tens uma personalidade definida. Não és uma cópia minha nem do teu pai. És tu, com a tua identidade própria, e nela misturam-se sorrisos meus, olhares do teu pai, mas és tu. Há dois anos atrás eras uma extensão de mim, em mim, carne na minha carne. Hoje cresces, persegues a tua sombra. Queres sair de perto, mas sempre sabendo-nos por perto. E nós, estamos sim, aqui por perto. Estaremos sempre.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Adeus miopia. Olá dioptria 0!

E não é que as placas da auto-estrada são legíveis? E não é que a fotografia que está na moldura da parede do quarto não desaparece durante a noite? E não é ainda, que o escritório tem as portas sinalizadas com as saídas de emergência? Este é o meu admirável mundo novo. Sem lentes de contacto, sem óculos graduados. Assim só, sem nada, assim nús, olhos só.

Momento de reflexão humorística: Finda a cirurgia e de volta à sala de preparação (para me preparar para a saída), a Enfermeira entrega-me uma pochete, de cor bege, bem gira. Eu, armada em boa que acabou de ir à faca mas que já vê melhor que os outros, digo: “Óh obrigada, mas não, essa não é a minha mala Sra.Enfermeira, a minha é maior e castanha. Mas obrigada.” A enfermeira, com um ar complacente responde-me “Eu sei querida. Eu sei que isto não é a sua mala, isto não é uma mala, isto é a bolsa dos medicamentos…”.

Conclusão : Não acreditar quando nos dizem que logo após a cirurgia se vê melhor do que antes.
Conselho : Ficar caladinho até chegar a casa!

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A dedicação dá saúde!


Numa altura em que os noticiários voltam a falar de depressões sazonais, os matutinos identificam os sinais de alerta, os semanários lançam dicas para as combater, é quase motivo para dizer, quem nunca as teve ou não as tem, é porque está doente! Assim sendo, eu cá estou doente pois fico feliz com a mudança de estação, assim como sei que ficarei com o posterior regresso à estação actual. Gosto das cores do Outono, dos castanhos das folhas secas que cobrem as ruas, gosto do som da chuva do Inverno e do cheiro a terra molhada, gosto da claridade da Primavera e do renascimento da natureza e gosto do calor do Verão e da leveza dos estados de espírito. Parece-me fundamental é que estejamos ocupados e, sobretudo, dedicados. Dedicados a amores, a paixões, à família, a projectos, a viagens, ao cão, ao gato, à colecção de brincos mas, dedicados. Quando nos apaixonamos, raramente adoecemos. Quando somos promovidos, raramente adoecemos. Quando recebemos a chave da casa nova, raramente adoecemos. Portanto, às portas do Outono, em vez de nos queixarmos, dediquemo-nos, ocupemo-nos, procuremos coisas das quais gostamos pois assim estaremos a pregar boas rasteiras a estas fraquezas psicológicas que tanto são anunciadas.

Nota 1 – Hoje até tinha motivos para ficar deprimida. Ontem gastámos 200€ com a farda do Colégio do MM… Mas vou pensar que ele fica um must com a farda e pouparei tempo à noite sem ter que me preocupar com a toilette do Príncipe;

Nota 2 – Daqui a umas horas estarei numa mesa de cirurgia. Bem, aqui quase que a depressão me apanha mesmo!

Recado : Mário, se me lês, fica o conselho, dá-lhe no blog da Eva! Acredita que enquanto os outros gozam, ficam bipolares e perdem minutos de vida, tu divertes-te e multiplicas horas de vida! :-)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Hábitos assim.


Habituei-me à boa vida e a boa vida habituou-se a mim, e uniões destas deviam ser para sempre. Os compromissos devem ser levados a sério, e este não merecia menos. Habituei-me a acordar com um meloso e tardio “Mamã, mamã”, ao invés do estridente e madrugador “ti-ri-ri, ti-ri-ri” da Nokia. Habituei-me a comer pão quente de manhã, ao invés da primeira bolacha-chocolate-tosta-whatever que apanho na cozinha ainda escurecida na alvorada. Habituei-me a comer uma bola de Berlim com os pés enfiados na areia quente, ao invés de os escorregar nos monótonos embraiagem e acelerador. Habituei-me a dormir a sesta, ao invés das entediantes reuniões de última hora. Habituei-me a ver o meu filho crescer durante o dia, ao invés das rápidas e já cansadas horas de final de dia. Habituei-me a poder ter um jantar romântico (a dois – 2 – não a três) e saber que o MM estava em casa, feliz e contente. Habituei-me a caminhadas nocturnas premiadas com fartos, cremosos e saborosos gelados ao invés da gincana-dos-preparativos-para-o-dia-seguinte-antes-que-se-faça-tarde-e-durma-menos-de-6-horas! Habituei-me e gostei. Vou ficar assim. Pronto, fiquei. Mas espera, o que é isto que me salta à vista e me ofusca com um vigor cansativo e um som incomodativo? Um reminder para uma apresentação stressante daqui a 15 minutos? Bolas. Mexe-te miúda. Vai.
Habituaste-te? Desabitua-te!

terça-feira, 1 de setembro de 2009