sexta-feira, 30 de abril de 2010

Ecocardiograma Fetal. Ou a auto-humilhação.

Hoje foi dia de Ecocardiograma fetal. A necessidade do exame prende-se com o facto de a minha bébé ter uma calcificação no ventrículo esquerdo (as apelidadas Golf balls), o que, se não tivesse já ocorrido com a gestação do Miguel Maria, seria motivo para me deixar agoniada durante toda a semana que passou. Adiante.

O que correu bem. O que correu, mesmo muito bem. O coração da bébé está saudável, forte e cheio de vitalidade. Via-se saúde naqueles batimentos e agilidade naquelas ritmadas contracções musculares. O veredicto final foi tranquilizador. Boa miúda! Incha esta mãe de orgulho!

O que correu mal. Vergonhosamente. No inicio do exame, já deitada na marquesa de barriga em pêlo, o Cardiologista cumpre a rotina de colocar o gel sobre a pele. Virou-se para preparar a máquina e, esta Mãe em nervos, num ataque de ansiedade o que faz ? Hein ? O que faz ?... Começa a esfregar o gel na barriga como se estivesse em casa a espalhar creme anti-estrias!!! Sim, aquele gel supostamente intocável. Frio. Pegajoso. Biaccc. Esse mesmo. O médico vira-se e, com um olhar colocado entre o espanto e o medo daquela doida na marquesa, questiona "O que é que está a fazer Mãe?..." Estive para responder "Sou eu que sou uma querida e gosto de facilitar o trabalho à sonda...", mas não, rendi-me à humilhação "Francamente não sei Doutor....".

Hormonas, sim, isto é para vocês : "Eu lixo-vos!".