Sossegada, absorta nos meus pensamentos, lá seguia eu, a pé, para o Hospital para mais uma consulta.
Eis que um cavalheiro, de manga à cava, ouro à vista e olhar afiado se dirige a mim. Preparei-me para responder às perguntas mais prováveis que me poderia fazer : "Desculpe, não tenho relógio" ou "Não fumo, lamento." Mas enganei-me. Olhou-me com firmeza, confiantemente posicionou-se à minha frente e proferiu : "És apetitosa. Levava-te para casa." (E outras tais, que não me apraz escrever).
Desviei-me (sim, porque ele parecia seguro que o seu charme de chafarica me convenceria) e segui caminho, desolando o ego de tão ilustre exemplar de masculinidade latina.
Esta é a minha segunda gravidez e comportamentos deste género são reincidentes.
Dizei-me, eu que não faço parte da família FACEBOOK, existirá algum Grupo dos Amigos dos Homens que Cobiçam Grávidas ? Hum ? É que as Grávidas também adoram elogios, por isso, ok, existam, mas sejam mais elegantes, sim?
Vá, ide em paz e aproveitai o fim-de-semana para ler Paula Bobone.