Está oficialmente aberta a época da caminha, cá em casa!
Sempre adorei fazer caminhadas. Já palmilhei muitos quilómetros e não recuso um bom desafio (ou não recusava, pois com a maternidade por motivos óbvios, o ritmo alterou-se). Porém, sempre fui menina de cidade (nascida e criada) e era uma presença habitual em paredões, ciclovias, etc. Sobretudo na do Guincho, que tão boas recordações me proporcionou.
Ao vir morar para o Campo, elevam-se uma série de novos trilhos, paisagens e quilómetros para explorar. Excelente. Seria, não fosse eu ainda menina-da-cidade-já-rendida-ao-campo-mas-ainda-em-modo-adaptação-a-alguns-factores-rurais! Além disso, e por oposição ao irritantemente optimista do meu marido, consigo vislumbrar a tragédia na árvore mais próxima, logo, as minhas caminhadas resumem-se a:
1. Os miúdos não páram de correr, isto está cheio de silvas, vão-se cortar todos!
2. O telemóvel não tem rede, e se nos perdemos, a quem pedimos socorro?
3. Não consigo perceber onde estou a meter os pés, de certeza que isto está cheio de cobras!
4. Bolas, parti o salto da sandália (agora já não me enganam e vou sempre de ténis, mas no inicio este desabafo ainda fez parte...)
5. Estamos perdidos! Não vislumbro viv'alma! Pronto, vamos morrer aqui e eu com tanto para fazer!
Só no regresso, ou seja, quando já não me encontro em ambiente totalmente desconhecido, é que descontraio, gozo a paisagem, brinco com os miúdos, com os cães e tiro fotografias.
Mas, sempre atenta, não iremos ainda ficar todos perdidos, numa qualquer gruta fria e sombria, para o resto da vida, e eu com tanto para fazer!
Não sejam como eu, just enjoy!
Facebook aqui: Do fundo da barriga