sábado, 31 de outubro de 2009

Mar, o vizinho do lado.


Hoje é um daqueles dias em que não me importo de viver a hora e meia de trânsito do trabalho. Hoje acordei e o dia estava lindo. Hoje tomei o pequeno-almoço com o meu vizinho do lado. O Mar.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A Gestão do Conflito. Ou Indigestão.


Somos todos muito bons a gerir o conflito. Dizemos. Andamos sempre com dezena e meia de teorias fantásticas que vendemos como elixires da paz. Muita inteligência emocional, muita programação neurolinguística e muita boa vontade. Mas, quando o dito chega, desarruma sentimentos, descompõe os raciocínios e esvazia-nos, a todos, de razão. Poucos de nós se preocupam com os porquês, só queremos é que passe porque o desconforto que o conflito aporta nas nossas vidas é avassalador. Mas todos sabemos muito. E somos bestiais a dar conselhos. Mas, quando o conflito se instala em nós, não sabemos dialogar com ele. Connosco, as teorias nunca funcionam.

* Nestes últimos dias tenho sido testemunha, mas também protagonista em alguns casos, desta conclusão. O que vendemos aos outros, raramente sabemos aplicar a nós.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Castanhas. Quentinhas, e de feltro.



É tarde. Estou na ressaca da festa de aniversário (que correu maravilhosamente e me esmagou de cansaço). Estou também em ressaca de trabalho. E acabei de fazer mais um TPC do Colégio. Desta vez a propósito da Festa de S.Martinho. Cada criança tinha que decorar uma Castanha recortada em papel de cartolina. Já fiz. E fiz duas, a título de sugestão, a ver se me dispensam do próximo TPC. É que convém que eu também trabalhe, caso contrário não poderei suportar a luxuosa prestação mensal do dito. Vá, são só 23h e também só me levanto às 05h50, ou seja, ainda tenho tempo para trabalhar. Fui.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Dois anos.

Faz hoje dois anos que te dei a vida.
Faz hoje dois anos que me deste mais vida.
Hoje não escrevo nem leio mais.
Hoje sou só tua mãe, mãe ainda mais.
Parabéns filho.


(Por razões que penso vos serão óbvias, já removi o vídeo "Dois anos em oito minutos". Foi minha intenção só o colocar temporariamente. As pessoas mais queridas certamente já o viram e caso pretendam rever, falem comigo.)



sábado, 24 de outubro de 2009

Euromiserabilidade


Passei aqui, assim rápida e discretamente, só para ver se estava extraordinariamente, exuberantemente, e até, cansativamente, milionária. Mas não. Estou igual a ontem, ou melhor, menos, muito menos porque isto de organizar e patrocinar eventos supé chiques não favorece o orçamento. Ou seja, não vamos comemorar o aniversário nas Maldivas. Ora bolas. Senhor Euromilhões, embora para a semana já chegue atrasado para a festa, fique sabendo que está perdoado. Redima-se se faz favor que eu já mereço. Beijinhos para si.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Esquizofrenia


O meu filho está prestes a completar 2 anos. Ando a levantar-me às 05h50 e a deitar-me às 24h00. Tenho uma área de 9 exigentes Colaboradores para gerir, estou envolvida em 3 projectos e agora também um curso para fazer. Ah, e vida pessoal. O cenário não me parece favorável à produção de um grande evento para comemorar a efeméride. Não parece, mas vai ter que ser. Já tinha dito que “este ano não”, este ano vou ficar sossegadinha mas é superior a mim. Acredito que sofro de uma esquizofrenia pseudo-artística que me arrebata com mais frequência do que a clinicamente comprovada. Acredito ainda que, muitas vezes com pouco sentido de oportunidade, desce em mim o espírito rebelde de um artista, bêbado e entupido de erva, que precisa do acto de criar para atingir o êxtase. Tudo bem, é bom, é giro mas, existem alturas em que não dá jeito. Gerir mil e uma tarefas assentes em regras e cronogramas com laivos inusitados de criatividade ainda me irão levar à loucura. Mas uma das duas se há-de salvar, a gestora (convém pois é a actividade remuneratória), ou a metida a artista alienada (também convém pois é a actividade emocional). Para o mês que vem adivinha-se uma forte ressaca.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Escrevo.


O tempo escasseia. O trabalho abunda. As horas de sono rareiam. O cansaço inunda. Mas as palavras, as palavras fazem-me falta, as escritas e as lidas. E as ditas? Essas não me fazem tanta falta, nem tanto sentido, são influenciáveis e logo influenciadas. Aqui não. Aqui as palavras são escritas, são puras e cruas, não precisam de troca, e essas valem mais. Ou não, mas fazem melhor. Escrever pode ser um imperativo perto do fisiológico. Por isso, mesmo quando não há espaço em mim para vir aqui, acabo por me encontrar comigo aqui. Porque as palavras me fazem falta. E volta a escassear o tempo. E volta a abundar trabalho. E rareiam as horas de sono. E inunda o cansaço. Mas as palavras, as palavras já aqui estão. E sigo mais leve para um novo ciclo. Escasseia. Abunda. Rareia. Inunda. E escrevo.


PS - Miss Strawberry, o impulso veio daí.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Keres ? Não Quero. Obrigada.


Os K's dão comigo em doida. Comecei por ignorá-los. Não lhes dar importância e fazer-me desentendida. Mas parece-me que vieram com toda a preserverância para comer os C's e os Q's sem sequer os mastigarem. Sou uma clássica, bem sei. Respeito com amor a língua portuguesa, pois é. E gostaria tanto que a evolução tecnológica não cravasse tanta deselegância na comunicação. Ilustro o meu desconforto com este travestismo linguístico :

Mensagem :
"Será K pode komprar akele kreme para a bankaca da kozinha ?"
Impacto : O quê ?!!!

Mensagem : "Vamos ao teu restaurante preferido. Depois vemos o teu filme de eleição. Faço-te uma massagem. Serei teu escravo a vida inteira. Keres ?"
Impacto : Nunca.

K, não consigo gostar de ti (quando te fazes passar por outros, claro).

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Ser Mãe também é... #2


Apaixonar-me por um colar magnífico da Pedra Dura. Maravilhoso. Estupendo. A combinar com aquele vestido! A namorar tão bem com o meu decote. Brutal. É daqueles colares que ficam para toda a vida. Que marcam presença nos momentos importantes. Que podem chegar a contar a história da nossa vida. É estar embevecida encostada à montra, sacar da carteira num impulso de paixão, fazer planos para o usar já no próximo fim-de-semana e... E entrar na loja ao lado, a Geox, e comprar umas botas impermeáveis para o puto as rebentar no recreio. Isto é amor.

domingo, 11 de outubro de 2009

Conversas graúdas #3


Hoje no parque, eu e a minha mãe, a propósito do comportamento do meu querido, mas tão rebelde, filho.

Eu : Este miúdo está ligado à corrente. Vê mãe, os outros fazem pausas!
Mãe : Mas é normal, nestas idades as crianças testam os seus limites e os dos pais. Não ouvem e nem páram para nada.
Eu : Eu entendo mãe, mas parece-me adrenalina e rebeldia a mais. Só pode sair a um gene mau do Pai, afinal eu nunca fui assim!
Mãe : Óh Inês! Mas tu eras uma miúda diferente! Tu nunca foste uma criança normal!!!

Thanks a lot Mãezinha.

Vá lá, vá lá, que ainda apanhei o final dos Ídolos e deixei de me sentir tão não normal neste mundo!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Chocolate para os meus ouvidos (cont.)

E não é que estava eu na sala de espera do hospital para fazer um Raio-X e, por entre sons desafinados de espirros, tosses e ais começo a ouvir chocolate... Unbelievable! A própria, a DKrall na música ambiente do hospital. Há salas de espera de imagiologia fantásticas, não há ?

Chocolate para os meus ouvidos


É já amanhã que a Diana Krall sobe ao palco do Campo Pequeno. E eu não vou poder lá estar. Não sou do tipo de pessoa que idolatre estrelas, coleccione ídolos ou faça parte de clubes de fãs. Sou demasiado egoísta e individualista para tal. Mas acredito que o que é bom, deve ser reconhecido. E este caso é um dos reconhecimentos de talento em que assino por baixo. Esta cantora e pianista de jazz faz as minhas delícias, confesso. A sujidade madura da voz, a entrega vocal ao ambiente, a elegância dos temas fazem desta voz, para mim, uma singularidade. Acho que já fiz tudo ao som de Diana Krall. Acho que vou continuar a fazer, tudo o que for importante (mau e bom), ao som de Diana Krall. Por vezes tento descolar-me da sonoridade e procuro alternativas que acompanhem o compasso da minha vida. Às vezes resulta bem. Outras, muito bem. Mas, a cumplicidade perfeita para todas as ocasiões, encontro-a é neste som.


DK, este ano não vai dar. Não poderei ir, mas estarei contigo, força nisso miúda! Para o ano, para o caso de cá voltares, já fiz um voto de presença com uma outra alma tua gémea. Lá nos veremos.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Diz que é uma espécie...


... de Estrela em ascensão e, por vezes, até Cantor principal! Diz o Singstar da PS3 e eu acho que não o devemos contrariar. A verdade é que somente ao fim de 31 anos de vida, alguém me faz um tamanho elogio aos dotes vocais. Estranho. Parece que afinal as horas de solfejo tortuoso no Instituto Gregoriano de Lisboa serviram para alguma coisa. Mas será que o efeito das aulas demora 20 anos a fazer-se sentir ? Estranho. À dança sempre me dei e temos uma relação eterna, agora ao canto ? Confesso que os bemóis e os sustenidos nunca me foram fiéis. Mas o Singstar diz que sim. Muito estranho. Enfim. Mas vá, continuemos assim Sing (acho que já te posso tratar assim), continuemos numa espécie de relação Me engana que eu gosto.

domingo, 4 de outubro de 2009

O ginásio não é aqui...

Agora que a crise assola os orçamentos portugueses, creio que anda em voga o desporto de visitar casas à venda. Não sendo estas visitas possíveis causas para um potencial efeito de compra. Não. Somente actos de voyeurismo, benchmarking e desporto... Destesto. Receber estranhos em minha casa, muitas vezes a horas impróprias para visitas (como é a do jantar, pelo menos, sempre assim mo ensinaram), e vê-los passearem-se como quem queima calorias numa passadeira de ginásio enquanto curte o som do iPod... Destesto. É muito bonita, muito agradável, muito bem decorada. Boa. E mais ? Mais nada, queimaram calorias.

Caros praticantes do desporto, se me lêem, por obséquio, se não existe intenção de compra, vão para o ginásio. Sim ?

sábado, 3 de outubro de 2009

A Quinta do Miguel Maria

Em minha casa não há animais,
Sou eu, a Mamã e o Papá
E quando vem o Mano somos mais.
Esta é a nossa Quinta, minha e dos meus Pais.

Os animais não vivem lá,
Mas dos animais,
Um pouco de tudo há,
Vejam como são especiais :

Acordamos à hora do Galo,
Bebemos leitinho de Vaca,
Temos cobertores de Ovelha,
E somos vaidosos como o Cavalo!

Na piscina somos Patos,
No terraço temos rosas cor de Porco
Na Páscoa, temos ovos de Coelho
E juntinhos, ronronamos como os Gatos!

Na minha Quinta vivem ainda,
O Ursinho Ó-Ó e o Coelho Soninho
São animais de coração
Mas peluches na verdade.

É assim a minha Quinta,
Onde não há animais,
Mas beijinhos que miam, abracinhos que piam
E um Amor que não acaba mais!


TPC do Colégio feito. Lenga-lenga e desenhos.
Agora vou ser adulta um bocadinho, ok ?

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Reunião de Pais_Ano lectivo 09/10


Para o registo.

O Projecto Pedagógico deste ano versa sobre os animais. Objectivos : estimular o contacto com os animais e o respeito por estes, conhecer os animais, sons, cores e profissões associados. A autonomia, sentido de partilha e interajuda também serão desevolvidos à volta da temática. As salas estão divididas por tipos de animais e a do Miguel Maria é a dos "Animais da Quinta" sendo o meu rebento o "Galo". Os Pais ficaram incumbidos de colaborar no Projecto, pelo que, fomos corridos a TPC's como tirar fotografias aos pequenos com animais, pesquisar histórias e lenga-lengas com animais, fazer desenhos, imitar sons, etc, etc. Assim, meus amigos, não estranhem lerem-me a rosnar ou grunhir de vez em quando!

Até ao final do ano lectivo é suposto todos terem deixado a fralda, pelo que, será um processo gradual e serão treinadas 2 a 3 crianças de cada vez. O Miguel Maria é o mais novo da turma e, por isso, deverá ficar para o fim. Assim que todos tenham largado as fraldas poderão participar nas visitas de estudo.

Sobre a Gripe, o esperado. O Colégio já tem o plano de contingência em vigor. Caso uma criança apanhe os restantes Pais serão avisados e um delegado de saúde será deslocado ao Colégio.

O presente veio no final da reunião, pois foram os Pais a recolher os pequenos que estavam nas suas rotinas na respectiva sala, e estes, quando viram uma enchente de Mães e Pais a entrarem por lá a dentro, ficaram numa excitação e foi um verdadeiro delírio!

Gostei da reunião, do que foi transmitido e sinto que o meu filho está bem quando não está conosco e isso é o mais importante.