
O meu filho está prestes a completar 2 anos. Ando a levantar-me às 05h50 e a deitar-me às 24h00. Tenho uma área de 9 exigentes Colaboradores para gerir, estou envolvida em 3 projectos e agora também um curso para fazer. Ah, e vida pessoal. O cenário não me parece favorável à produção de um grande evento para comemorar a efeméride. Não parece, mas vai ter que ser. Já tinha dito que “este ano não”, este ano vou ficar sossegadinha mas é superior a mim. Acredito que sofro de uma esquizofrenia pseudo-artística que me arrebata com mais frequência do que a clinicamente comprovada. Acredito ainda que, muitas vezes com pouco sentido de oportunidade, desce em mim o espírito rebelde de um artista, bêbado e entupido de erva, que precisa do acto de criar para atingir o êxtase. Tudo bem, é bom, é giro mas, existem alturas em que não dá jeito. Gerir mil e uma tarefas assentes em regras e cronogramas com laivos inusitados de criatividade ainda me irão levar à loucura. Mas uma das duas se há-de salvar, a gestora (convém pois é a actividade remuneratória), ou a metida a artista alienada (também convém pois é a actividade emocional). Para o mês que vem adivinha-se uma forte ressaca.