Levo um, na mala da maternidade.
Como todos vós são gente de bem, eu confesso este : uma cinta. Uma cinta inestética, tortuosa e pouco desejável. Quase um artefacto beligerante com poderes de tortura medieval.
No dia em que tive alta, após o nascimento do MM, investi todas as minhas forças e oxigénio a tentar enfiar-me dentro dela. Aliás, minhas e do pai que, em muitos momentos, temeu pelo meu risco de asfixia e tentou, com um ar muito impressionado, demover-me da intenção de saída do hosital em modo apneia, ao que eu, quase irada, respondia apenas :"APERTA!". A verdade é que o meu acto de masoquismo durou fracções de segundos e optei pela vida. Desapertei e respirei. Três dias depois, voltei à luta e ganhei.
Odeio-a e amo-a.E, uma vez mais, segue na mala.
Estas relações amor-ódio fascinam-me.