Ando a ser pressionada. Ando. Ando a esbarrar-me com reivindicações. Ando a tropeçar em reclamações. Chamam a Inês, em vez da Mãe Inês. Parece que oiço vozinhas estridentes sempre na cabeça : “Quando é que deslargas o miúdo, pá ?”. Que aqui fique claro que até já entendo um bocadinho, um bocadinho que seja, vá. Que até assumo que a minha carne manda mais que a minha cabeça. Mas compreendo. Compreendo tanto que até me vou esforçar. Confesso que terão que estar vários indicadores controlados, mas sim, vou tentar e, durante uns momentos (ainda não estou preparada para especificar a duração!), deixo a Mãe de folga. Atenção que eu também sinto falta de muita coisa, nomeadamente noites bem jantadas, madrugadas bem dançadas e manhãs bem dormidas! Mas, que me castiguem, que me condenem, mas vou dizer a verdade: não trocaria um minuto desta vida por uma hora da outra. Mas pronto, vou tentar reservar uns períodos com a Inês, e coisas e pessoas que dizem respeito só a esta. Já percebi que a bola está do meu lado.