
Iniciou a época de férias escolares e é vê-los em grupo, aos montes, em bandos. Enchem tudo o que é Centro Comercial. Fazem barulho e dão nas vistas. Provocam e fazem questão de chocar. São eles, os nossos adolescentes.
Não é este meu texto uma provocação, antes pelo contrário, é sim um manifesto de preocupação. Preocupação com os irmãos que tenho e com o filho que crio. Preocupação com a avassaladora perda de inocência, falta de educação, com o sumiço da garotice. É isso o que me mais me perturba, o que andamos a deixar para trás. Isto porque inocência, educação e garotice não estão na moda. Na moda está trocar os “Q’s” pelos “K’s”, trocar os sapatos por chinelos, usar calças nos joelhos, exibir os electrizantes sutiãs que propositadamente descombinam com tudo o resto. Elas a saldos com os seus atributos a ver qual facilita mais e eles em disputa pelo mais metro (metrosexual). Ou seja, elas dão cada vez mais, eles tiram-lhes tudo a mais. Não digo que seja uma geração rasca, pois vejo bem que têm muita coisa boa, são hábeis em novas tecnologias, são fluentes noutras línguas (por força dos jogos computorizados), são dinâmicos e não gostam de estar parados mas estão-se a esquecer de serem Criança. Faz-me confusão, confesso que faz. Respeito as diferenças, cada um é como cada qual. Posso não gostar mas tento remeter-me ao respeito pela liberdade de expressão, porém, parece-me que não se trata de um cenário de convivência entre diferentes, mas sim, de uma rasteira na cadeia natural do ciclo de Vida. Onde anda o período em que eles metem Clerasil para as borbulhas, elas ficam envergonhadas com os elogios e se espera ansiosamente pelos 18 para se ser adulto? Estamos a passar de crianças a adultos sem paragem na adolescência, é isso ou estará a escapar-me algo?... Espero poder dizer daqui a uns anos que tenho em casa um adolescente com crises existenciais sem saber o que vestir ou com vergonha dos beijos que a mãe lhe dá em frente aos amigos, e não uma criança com pressa de se fazer adulto, a provocar, exibir e chocar por esses Centros Comerciais fora. Espero.
Por enquanto, quem o calça lá em casa, sou eu…
Não é este meu texto uma provocação, antes pelo contrário, é sim um manifesto de preocupação. Preocupação com os irmãos que tenho e com o filho que crio. Preocupação com a avassaladora perda de inocência, falta de educação, com o sumiço da garotice. É isso o que me mais me perturba, o que andamos a deixar para trás. Isto porque inocência, educação e garotice não estão na moda. Na moda está trocar os “Q’s” pelos “K’s”, trocar os sapatos por chinelos, usar calças nos joelhos, exibir os electrizantes sutiãs que propositadamente descombinam com tudo o resto. Elas a saldos com os seus atributos a ver qual facilita mais e eles em disputa pelo mais metro (metrosexual). Ou seja, elas dão cada vez mais, eles tiram-lhes tudo a mais. Não digo que seja uma geração rasca, pois vejo bem que têm muita coisa boa, são hábeis em novas tecnologias, são fluentes noutras línguas (por força dos jogos computorizados), são dinâmicos e não gostam de estar parados mas estão-se a esquecer de serem Criança. Faz-me confusão, confesso que faz. Respeito as diferenças, cada um é como cada qual. Posso não gostar mas tento remeter-me ao respeito pela liberdade de expressão, porém, parece-me que não se trata de um cenário de convivência entre diferentes, mas sim, de uma rasteira na cadeia natural do ciclo de Vida. Onde anda o período em que eles metem Clerasil para as borbulhas, elas ficam envergonhadas com os elogios e se espera ansiosamente pelos 18 para se ser adulto? Estamos a passar de crianças a adultos sem paragem na adolescência, é isso ou estará a escapar-me algo?... Espero poder dizer daqui a uns anos que tenho em casa um adolescente com crises existenciais sem saber o que vestir ou com vergonha dos beijos que a mãe lhe dá em frente aos amigos, e não uma criança com pressa de se fazer adulto, a provocar, exibir e chocar por esses Centros Comerciais fora. Espero.
Por enquanto, quem o calça lá em casa, sou eu…